V. Guimarães-Gil Vicente, 1-2 (crónica) - TVI

V. Guimarães-Gil Vicente, 1-2 (crónica)

V. Guimarães-Gil Vicente (Estela Silva/Lusa)

Manutenção com cambalhota nos descontos

O Gil Vicente garantiu matematicamente a manutenção entre os grandes do futebol português, arrancando um triunfo (2-1) no Estádio D. Afonso Henriques que escava há dezasseis anos. Um triunfo com uma cambalhota no marcador no período de descontos, vencendo um encontro que o V. Guimarães parecia ter controlado.

Com dois golos sofridos aos minutos seis e dez do período de compensação, os vimaranenses veem esfumar-se o objetivo europeu, que está agora a quatro pontos quando há apenas três jornadas pela frente.

Um rasgo de genialidade de Marcus Edwards colocou o V. Guimarães em vantagem, vantagem essa que se manteve até ao minuto 93 do encontro, mas em sete minutos já para lá da hora os gilistas asseguram o grande objetivo desta época, roubando ao vizinho o sonho europeu num dérbi minhoto realizado debaixo de calor intenso.

Muito calor, pouco futebol

O jogo fica inevitavelmente marcado por esse fator,  pelas temperaturas elevadas que se fizeram sentir à hora do jogo (17horas). Talvez por isso, o ritmo foi baixo e o jogo algo pastoso com a ausência de vitalidade e de rasgos individuais.

Esteve mais audaz o Vitória, pelo menos na intenção e na maior insistência com que esteve no meio campo adversário, mas as tomadas de decisão no último terço foram um impeditivo para que o assédio se efetivasse em algo palpável.

Mais vertical, um Gil Vicente mais retraído ia sendo suficiente para suster as investidas vitorianas e conseguir, de quando em vez, aproximar-se da baliza de Douglas de forma prometedora.

A realidade é que entre tentativas mais repentinas dos gilistas ou tentativa de futebol apoiado do Vitória de Guimarães a primeira parte esfumou-se sem que se registassem lances de verdadeiro perigo quer numa área quer na outra.

Cambalhota fora de horas

O figurino prometia ser o mesmo. Manteve-se o ritmo baixo após o descanso e até a equipa de arbitragem contribuiu para isso, com uma paragem e seis minutos no encontro para que se trocasse o sistema de comunicação. Até que ao minuto 64 Marcus Edwards fez a diferença. Rompeu pela direita e deu de bandeja o golo a Bruno Duarte, fazendo talvez aquilo que seria mais difícil para o Vitória de Guimarães.

Na gestão da vantagem o Vitória recuou em demasia e acabou por perder o controlo do jogo, ficando à mercê de um Gil Vicente empolgado na reta final. Os descontos (dez minutos) foram suficientes para a equipa de Vítor Oliveira aproveitar dois erros defensivos da equipa da casa.

Primeiro Sacko deixou-se antecipar por Rúben Ribeiro três minutos para lá da hora, fazendo depois o médio aquilo que bem sabe fazer, e depois foi Agu a desleixar-se num lance aparentemente controlado, vendo Kraev assinar o triunfo com um remate cruzado.

Manutenção carimbada pelo Gil Vicente, mesmo sendo um dado praticamente adquirido, deitando por terra o objetivo europeu do Vitória de Guimarães.

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