V. Guimarães-Marítimo, 1-0 (crónica) - TVI

V. Guimarães-Marítimo, 1-0 (crónica)

Chá inglês na despedida do D. Afonso Henriques

O Estádio D. Afonso Henriques despediu-se da presente temporada com um triunfo do V. Guimarães sobre o Marítimo (1-0) em jogo da penúltima jornada do campeonato. Um embate para cumprir calendário, já sem nada em jogo, resolvido com chá inglês.

Um chá refinado de Marcus Edwards, que serviu como paliativo para um confronto desgarrado e desprovido da alma dos grandes jogos. Que golo do internacional inglês a resolver o encontro, selando o sétimo lugar para o V. Guimarães, distante do quinto lugar, o último de acesso à Europa. Objetivo falhado, portanto.

Há 390 minutos sem sofrer golos, atravessando um bom momento que permitiu a fuga à luta pela permanência, o Marítimo voltou a perder após quatro jogos em que não sentiu esse sabor.

Chá inglês contra o tédio

Face ao figurino com que este jogo se apresentou para cada uma das equipas, a feijões, como se diz na gíria, obviamente que a intensidade que Vitória e Marítimo emprestaram ao encontro esteve longe de ser a mesma caso ainda estivessem os objetivos em disputa.

Entre trocas de bola longas, mas em terrenos demasiado recuados, registaram-se alguns momentos de frisson nas áreas, mas sempre de forma avulsa, sem sequência ou a dar seguimento a momentos de domínio inequívoco de qualquer uma das equipas.

Foi precisamente num desses momentos que o tédio foi combatido por uma fina dose de chá inglês. Quando o Marítimo até era mais ameaçador, Marcus Edwards fez das suas ao adiantar o Vitória no marcador com um slalom em que deixou dois adversários para trás, um deles com direito a uma volta em torno do esférico, antes de bater Amir.

Ferros abanam três vezes

O golo parece ter empolgado o V. Guimarães, que se apresentou para a segunda parte a ameaçar o segundo. Dispôs mesmo de vários lances para o conseguir, ameaçando resolver o encontro. Venâncio atirou com estrondo à barra e Bruno Duarte chegou a abanar as redes, mas estava em posição irregular.

Uma supremacia sem expressão no marcador que levou José Gomes a operar três substituições de uma vez para a última meia hora. Ficou mais mexida a equipa do Marítimo, mas atabalhoada ao mesmo tempo e sem fio de jogo.

Lançado do banco Rochinha atirou ao ferro e o máximo que o Marítimo fez foi enviar a bola também ao ferro já nos descontos por intermédio de Milson, que não ficou sem resposta nuns descontos de loucos em que Ouattara fez igualmente o ferro abanar.

Triunfo que se aceita dos vimaranenses, que foram mais acutilantes e contaram, então, com o talento de Edwards para voltar às vitórias.

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