V. Guimarães-Nacional, 2-2 (crónica) - TVI

V. Guimarães-Nacional, 2-2 (crónica)

Vitória de Guimarães-Nacional

Abrandar no vermelho antes de acelerar na reta final

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Deu empate no embate entre o V. Guimarães e o Nacional (2-2) em jogo da antepenúltima jornada da Liga. Em lutas diferentes, uns a almejar a Europa e outros a lutar pela sobrevivência, o jogo esteve morno até à reta final. O V. Guimarães teve dois golos de vantagem, mas jogou desde os 24 minutos em inferioridade numérica. O Nacional chegou ao empate para lá dos noventa.

A expulsão de Wakaso condicionou os vimaranenses, que somaram o quarto jogo consecutivo sem vencer, mas nem assim o Nacional teve astúcia para voltar os triunfos que escapam há oito jornadas.

Por entre a expulsão para o Vitória e o empate conseguido pelo Nacional já para lá dos noventa, o Vitória passa a depender apenas de si para conseguir o quinto lugar. Quando há seis pontos em disputa o Nacional tem quatro de desvantagem para a linha de água em vésperas de jogar com o FC Porto.

Travão no vermelho

A querer demonstrar uma imagem diferente depois de ter averbado três derrotas, no pior momento da época no que ao campeonato diz respeito, o V. Guimarães entrou bem no jogo e colocou-se cedo em vantagem à boleia de uma grande penalidade concretizada por Tozé. Falta evidente de Campos sobre Rochinha, da marcar dos onze metros o médio não desperdiçou logo aos onze minutos.

Carregou o Vitória, parecia partir para uma prestação contundente e Daniel Guimarães negou o segundo golo consentido pelo Nacional ao travar um livre de Mattheus e um cabeceamento à queima-roupa de Guedes. Jogo aparentemente controlado do conjunto de Luís Castro, que teve de travar a fundo no vermelho.

Wakaso foi expulso a meio da primeira metade por acumulação de amarelos e alterou por completo o rumo do jogo. A lutar pela sobrevivência, o Nacional agarrou-se ao jogo e dominou a segunda metade da primeira parte. Acusou em demasia a inferioridade numérica o Vitória, retraiu-se e viu o conjunto insular instalar-se no seu meio campo. Faltou aos insulares ter capacidade para criar perigo, uma vez que o domínio foi inoperante.

Emoções na reta final

Pedia-se mais pragmatismo ao conjunto de Costinha. O domínio territorial com posse de bola era inequívoco, mas faltava assertividade. Foi nessa toada que se desenhou a segunda metade. O Vitória tentava sair em contragolpe ou lances de bola parada que permitissem matar o jogo.

A diferença qualitativa veio ao de cima já na reta final do encontro com Florent a fazer a diferença. O lateral canhoto fletiu para o centro ao invés de procurar o seu melhor pé e, depois de enquadrado com a baliza, atirou para o ângulo mais distante. Grande golo do lateral, o primeiro no principal escalão do futebol português.

Parecia arrumada a questão, mas Diogo Coelho não quis deixar os louros todos para Florent. Mas que golo do defesa, na meia-lua atirou de trivela e deixou Miguel Silva pregado ao relvado, relançando o encontro para os últimos minutos. Durou apenas quaro minutos o conforto dos dois golos de diferença, tornando os últimos minutos frenéticos.

Foram mesmo frenéticos até ao lance final. Alhassan carimbou o empate final já nos descontos ao marcar de cabeça na sequência de um pontapé de canto. Empate a duas bolas muito acidentado, que não agrada a nenhuma das equipas.

O Vitória vencia por duas bolas a zero aos 82 minutos, acabando por perder dois pontos, reduzindo para três pontos a desvantagem para o quinto lugar; depende apenas de si. O Nacional jogou três quartos do jogo com mais um elemento em campo, não conseguiu aproveitar a perda de pontos das equipas acima da linha de água e terá de usar a calculadora nas últimas jornadas.

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