V. Guimarães-Rio Ave, 1-2 (crónica) - TVI

V. Guimarães-Rio Ave, 1-2 (crónica)

V. Guimarães-Rio Ave (OCTÁVIO PASSOS/LUSA)

Rio Ave tira bilhete europeu

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O Rio Ave entra pela segunda volta dentro do campeonato a reclamar bilhete europeu. A equipa de Vila do Conde venceu no D. Afonso Henriques com grande pragmatismo (1-2). Dois golos em dois minutos na primeira metade abanaram com o jogo após uma longa paragem para análise do VAR.

Um penálti e expulsão a penalizar o Rio Ave tornou-se num momento que espevitou o conjunto de Carlos Carvalhal, em contraponto com um desnorte completo da equipa de Ivo Vieira que reagiu com muita almas mas pouca capacidade para se articular.

Foi sempre atabalhoado o Vitória, pouco intenso, e isso foi bem aproveitado pelo Rio Ave para gerir as incidências do jogo. A equipa de Carvalhal foi organizada quando teve de ser, foi letal quando teve de ser e sofreu quando teve de sofrer. Entrou na Cidade Berço em igualdade pontual com o Vitória, sai à condição no quinto lugar com mais três pontos.

Sete minutos de VAR e dois golos em dois minutos

Vitória e Rio Ave entraram no terreno de jogo com risco calculado, cautelas de parte a parte e alternância nos períodos de posse de bola. Uma posse de bola essencialmente em terrenos recuados, sem grande capacidade para chegar a terrenos mais adiantados. Deu mostras, ainda assim, de querer fazer mais a equipa da casa, sentindo-se pressionado a tal mas sem argumentos para o conseguir.

A meio da primeira parte o figurino mudou por completo. Tapsoba foi puxado na área vila-condense, Hélder Malheiro assinalou castigo máximo e expulsou Matheus Reis. Entrou o VAR em ação mas mesmo após sete longos minutos de espera o árbitro teve de ir consultar as imagens, revertendo a situação. O central do Vitória estava dez centímetros adiantado.

Reata-se o jogo e em dois minutos o Rio Ave faz dois golos de uma forma estonteante. Sem nunca perder a organização, a equipa de Carlos Carvalhal aproveitou um livre do Vitória para se lançar em contra ataque com Nuno Santos a servir Diego Lopes para o brasileiro encostar ao segundo poste. Balde de água fria em noite de intempérie no D. Afonso Henriques.

Concentrado, o Rio Ave embalou-se e aproveitou o momento de completo desnorte do Vitória. Recuperação de bola, outra vez Nuno Santos no lance a colocar para Mehdi, que coloca na área onde Piazon dá de calcanhar. A todo o vapor aparece Matheus Reis a rematar para o segundo vila-condense.

Coração vimaranense contra a muralha vila-condense

Coração, muito coração e angústia dos vimaranenses na procura do golo na segunda metade. O Rio Ave deu um sinal daquilo que pretendia. O conjunto de Carlos Carvalhal fez por gerir o jogo tranquilamente com bola. Conseguiu-o nos instantes iniciais, acabando por ir cedendo com o passar do tempo.

Muito músculo do Vitória, muito crer, mas pouca lucidez para conseguir efetivar esse domínio. Cruzamentos e mais cruzamentos desesperados, muita luta mas pouca capacidade para chegar a zonas de perigo com a bola controlada. Apesar de estar em constante sobressalto a verdade é que o Rio Ave limpou sempre a sua área sem verdadeiro aperto.

Renasceu a esperança do V. Guimarães a um quarto de hora do fim. Trabalho de Davidson na esquerda, a colocar na área onde aparece Tapsoba a encostar de primeira para o fundo das redes entre o emaranhar de jogadores que estavam no interior da área do Rio Ave. Continuou a carregar o Vitória, remetido à sua defesa o Rio Ave não conseguiu sair para o ataque e remeteu-se a esperar por conseguir aguentar a vantagem mínima.

Tarefa conseguida. Prevaleceram os dois golos em dois minutos dos vila-condenses, que voltam a ganhar no D. Afonso Henriques sete anos depois.

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