V. Guimarães-Sp. Braga, 0-1 (crónica) - TVI

V. Guimarães-Sp. Braga, 0-1 (crónica)

V. Guimarães-Sp. Braga

Guerreiros com mais chama no dérbi

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O Sp. Braga voltou a ser feliz no D. Afonso Henriques, algo recorrente nos últimos anos, ao vencer pela margem mínima (0-1) o sempre apetecível dérbi minhoto. Os bracarenses dominaram por completo a primeira metade e, mesmo quando as forças faltaram, resistiram perante um Vitória sem poder de fogo.

Mantendo exatamente os mesmos onzes dos últimos jogos, o dérbi minhoto entre Vitória e Braga não teve a intensidade de outros duelos, faltou o calor das bancadas, mas ainda chegou a aquecer registando-se três expulsões quando o jogo se encaminhava para o final.

Na estreia de João Henriques em casa enquanto técnico do V. Guimarães, Esgaio acabou por ser o herói improvável do encontro, ao marcar o golo que decidiu o jogo, quando ainda não estavam decorrida meia hora de jogo.

Simplicidade guerreira

Entre duelos europeus e mantendo o mesmo onze no quarto jogo consecutivo, o Sp. Braga entrou a passear a sua superioridade no Estádio D. Afonso Henriques. Mais capaz, a equipa de Carlos Carvalhal foi amplamente superior, adivinhando-se a vantagem com que chegou ao período de descanso.

Com tranquilidade e, sobretudo com simplicidade, o Sp. Braga impôs o seu jogo, jogou com mais incidência no meio campo adversário e provocou lances de frisson, nunca se expondo defensivamente, tal como Carlos Carvalhal havia alertado.

Perante um V. Guimarães em que qualquer lance de maior audácia ia saindo num esforço hercúleo e nos limites das capacidades dos seus jogadores, o Braga controlou e chegou à vantagem ao minuto 28. Galeno acelerou na esquerda e cruzou para o miolo, onde Paulinho falhou o remate e Iuri Medeiros deixou o esférico passar até Esgaio, que rematou cruzado para o fundo das redes. Mikel Agu ainda tentou o corte em cima da linha, mas sem sucesso.   

338 minutos depois o Vitória voltou a sofrer um golo, era a equipa que há mais tempo estava sem ir ao fundo das suas redes.

Conquistadores de poder de fogo

O evoluir do cronómetro fez com que o figurino se alterasse. Veio ao de cima a fadiga bracarense, o que ajudou a equipa de João Henriques a crescer no jogo, conseguindo aparecer em zonas mais adiantadas do terreno.

Veio também ao de cima a falta de poder de fogo do Vitória, que mesmo com mais espaço e perante um adversário em quebra física, a equipa da casa foi inconsequente. Atacou mais, mas de forma pouco concreta e sem criatividade. Mesmo mais recatado, o Sp. Braga demonstrava que a qualquer momento podia fazer o segundo.

Num dérbi sem público e sem a intensidade a isso inerente, o duelo minhoto aqueceu a bem aquecer na reta final com três expulsões. Depois de uma entrada completamente desmedida de David Carmo, que acabou expulso, os jogadores envolveram-se no relvado e Jorge Fernandes e Fransérgio acabaram expulsos, no caso do bracarense com recurso ao VAR.

Montou o cerco à baliza bracarense o Vitória, mas mesmo em inferioridade numérica o Sp. Braga segurou o triunfo, o quarto consecutivo e Schettine até podia ter resolvido o jogo ao aparecer isolado. Depois de entrar em falso na Liga, o Sp. Braga estabiliza numa senda de triunfos. Sem poder de fogo, o Vitória padece das dores de crescimento de construir uma nova equipa.

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