V. Guimarães-Sp. Braga, 0-5 (crónica) - TVI

V. Guimarães-Sp. Braga, 0-5 (crónica)

Vitória Guimarães-Sp. Braga (Lusa)

Guerreiros letais aplicam goleada histórica ao rival

Goleada bracarense em pleno D. Afonso Henriques. No dérbi que põe o Minho a fervilhar, a equipa de Abel Ferreira teve uma noite de sonho e conseguiu o resultado mais desnivelado de sempre dos bracarenses em Guimarães em jogos da Liga (0-5). Cinco golos sem resposta, tentos para todos os gostos e um Sp. Braga com um sorriso rasgado em casa do rival.

Os bracarenses apresentaram-se em Guimarães com dezassete pontos de vantagem, esta noite ampliaram essa diferença para duas dezenas. Um dado que, à semelhança do resultado, expõe a diferença atual entre as duas equipas. Para lá da rivalidade, o conjunto de Abel cimentou ainda mais o quarto lugar, aumentando os pontos para o Rio Ave. Noite de sonho para o Sp. Braga, pesadelo para o V. Guimarães.

As dores de cabeça de Pedro Martins começaram ainda antes do encontro. Raphinha lesionou-se e não foi a jogo, deixando o V. Guimarães órfão da sua principal unidade. Para além do extremo, também Konan não foi a jogo, igualmente devido a problemas físicos. No lado bracarense, depois da derrota em Marselha, Abel Ferreira fez a habitual rotação da equipa, alterando seis elementos.

Três de vantagem e mais um elemento em campo

Dificilmente o técnico bracarense poderia imaginar a tranquilidade com que se deparou na Cidade Berço. Em apenas quarenta e cinco minutos o Sp. Braga marcou três ao eterno rival e foi para o descanso com mais um elemento em campo. Aproveitamento máximo dos bracarenses, passando ao lado da rivalidade e respondendo com eficácia.

O triunfo começou a construir-se com um erro de Rafael Miranda, que perdeu o esférico em zona proibida e permitiu a Dyego Sousa encaminhar-se para a baliza deforma rapidíssima, batendo Douglas sem mácula ao minuto treze. Com o futebol incaracterístico, a muita crença do Vitória não serviu para contrariar a superioridade do Sp. Braga, que fez o segundo ao minuto 34.

Falta de Wakaso sobre Wilson Eduardo junto à quina da área, o extremo cai no interior da área e Bruno Paixão foi perentório a apontar para a marca dos onze metros, expulsando o médio do Vitória. Hassan, lançado entretanto para substituir Dyego Sousa, ampliou a vantagem e simplificou ainda mais a tarefa arsenalista. Lance muito contestado pelos vimaranenses, que acabou por ter um peso decisivo para o desfecho do jogo.

A um minuto do intervalo, Vukcevic carimbou o terceiro com um remate feliz que ainda embateu num adversário antes de parar no fundo das redes. Para além da intensidade, dos muitos duelos travados de forma musculada e da efervescência do jogo, sobrou um Sp. Braga letal e com aproveitamento quase máximo das oportunidades que criou.

Parou nos cinco de forma histórica

A resposta do V. Guimarães adivinhava-se como difícil. Animicamente a equipa sucumbiu, a desvantagem numérica era um forte entrave e o desnivelamento do resultado dava pouco espaço para grandes ousadias.

Se é que ainda havia alguma espécie de esperança Wilson Eduardo tratou de enviar o pesadelo vimaranense ainda mais para as profundezas. Remate cheio de classe com o pé direito na ressaca de um corte de Vigário. Tudo saiu bem aos arsenalistas e logo nos instantes iniciais da segunda parte o resultado assumiu contornos ainda mais humilhantes para a turma de Pedro Martins.

O resultado continuou a volumar-se e Esgaio fechou a contagem a passe de Hassan. Tudo simples no sonho bracarense, que parou nos cinco mas até podia ter sido ampliado. Letal e cínico o Sp. Braga atirou para trás das costas a derrota em Marselha com resultado saboroso. Porventura, um dos mais saborosos da sua história.

O comboio europeu apresenta-se cada vez mais como uma miragem para um V. Guimarães que depois de perder no Bessa, frente ao Boavista, outro rival, foi humilhado em casa pelo Sp. Braga. O jogo terminou com lenços brancos para Pedro Martins.

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