V. Guimarães-Tondela, 5-2 (crónica) - TVI

V. Guimarães-Tondela, 5-2 (crónica)

Castigo (máximo) para o Tondela no D. Afonso Henriques

Respire fundo caro leitor. Instale-se confortavelmente para entrar no filme vertiginoso que foi o embate entre o V. Guimarães e o Tondela, que terminou com um triunfo por cinco bolas a duas para o conjunto da casa.

Na sua lista aponte sete golos, quatro grandes penalidades, uma expulsão, cambalhota no marcador e muito VAR. Aos 27 minutos os beirões reinavam na cidade berço, vencendo por duas bolas a zero. Com três grandes penalidades o Vitória deu a volta ao jogo e acabou a construir um resultado volumoso na reta final do encontro.

Três pontos para os conquistadores, segundo triunfo consecutivo e chegada provisória ao quinto lugar num resultado que acaba por ser demasiado penalizador para os beirões. Ameaçaram derrubar o Vitória, mas acabaram vergados por um resultado demasiado pesado no regresso à competição após o surto de Covid-19 no plantel.

Onze metros contra o pragmatismo

O maior estatuto do V. Guimarães fez a equipa de Pepa entrar em campo a querer dominar o jogo. Mas, fê-lo de forma demasiado floreada e rapidamente, de forma pragmática, o Tondela tratou de fazer os vimaranenses descer à terra.

Num curto espaço de apenas nove minutos os beirões fizeram dois golos e ainda antes da meia hora de jogo venciam no D. Afonso Henriques. João Pedro, um filho da casa, fez o primeiro de grande penalidade a punir falta de Borevkovic sobre Murillo após falha na interceção de Mumin.

Ainda o Vitória tentava restabelecer-se e levou com o segundo, novamente na sequência de um lance de bola parada. Undabarrena marcou num golpe de cabeça a corresponder da melhor forma ao canto de Salvador Agra. Momento de desnorte completo do conjunto da casa, bem aproveitado pela turma de Ayestarán, que entre os golos ainda enviou uma bola ao ferro.

Com o jogo completamente partido, recompôs-se o Vitória reentrou no jogo a tempo de empatar antes do intervalo, através de dois penáltis. Tiago Silva primeiro e Estupinãn depois bateram Trigueira da marca dos onze metros. Duas faltas do Tondela no interior da área em lances que não aparentavam perigo iminente, já depois de também o Vitória ter atirado ao ferro.

Mais um penálti, expulsão e mão cheia de golos

Pepa foi às cabines pedir aos seus jogadores a mesma fórmula que deu a volta ao jogo no último encontro. O técnico fez a sua parte e passou a jogar com dois pontas de lança. Uma mudança que abanou com a equipa e fez o Tondela voltar a acreditar. Ayestarán refrescou a equipa retirando dois elementos com amarelo.

Infortúnio para o espanhol. Neto Borges ainda antes de tocar na bola viu amarelo e quatro minutos depois Manu Hernando foi expulso por evitar com a mão o golo de Bruno Duarte. Mais um penálti para a lista, chamando-se ao jogo o terceiro batedor do V. Guimarães: Marcus Edwards marcou o terceiro do Vitória e encaminhou o triunfo.

Até ao final, depois de cinco golos de bola parada, o Vitória, em superioridade numérica, controlou o jogo e fez dois golos de bola corrida. Edwards primeiro, a bisar na partida, e Lameiras por fim fecharam a contagem com o 5-2 final.

Jogo descontrolado no berço, a culminar com o triunfo do Vitória que, no cômputo geral, foi a equipa mais audaz, mas não se livrou de vários calafrios.

 

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