Belenenses-V. Setúbal, 0-1 (crónica) - TVI

Belenenses-V. Setúbal, 0-1 (crónica)

Convulsão e tranquilidade

Convulsão. O que tem feito parte do quotidiano do Vitória na última semana e meia e aquilo de que o Belenenses não consegue libertar-se.

Tranquilidade. Aquilo que tem sido norma nos sadinos em 2019/20, que deram, com o triunfo difícil no Jamor sobre os azuis, um passo importantíssimo rumo a uma campanha que semblante bem menos sofrido do que as das últimas largas épocas.

Mesmo sem transparecer sinais seguros de vitalidade, o V. Setúbal regressou aos triunfos na Liga e encerrou a primeira volta com uns animadores 22 pontos.

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Justiça seja feita aos lisboetas, que saíram vergados a um resultado pesado na estreia de Petit. Apresentaram-se em campo com três centrais, mas laterais bem projetados e o volume ofensivo interessante.

Terminaram a primeira parte com mais posse de bola, mais remates e duas tentativas a esbarrar nos ferros da baliza de Makaridze.

Mais contidos no ataque do que vem sendo habitual desde a chegada de Velázquez ao Bonfim, os visitantes foram sobretudo eficazes. Mansilla fez duas tentativas tímidas, mas foi Guedes, numa cabeçada certeira, a dar vantagem aos sadinos aos 39 minutos.

Na etapa complementar, o Belenenses, com entradas avulso de mais unidades ofensivas, acentuou os índices de agressividade, mas faltou-lhe inspiração. Varela esteve perto do empate aos 48 minutos após ser servido em profundidade por Licá.

Com o avançar do cronómetro, a partida tornou-se propícia às transições dos sadinos, mas o homem que melhor encaixa nessa estratégia estava atrás do Maisfutebol na bancada de imprensa: Berto, ainda a recuperar de lesão.

Talvez ainda sem saúde para correrias, o Vitória economizou, conteve os ímpetos de «matar» o jogo e podia ter-se dado mal, mas se de um lado houve competência defensiva para trancar uma baliza, do outro houve também muita cerimónia e alguma desinspiração, sobretudo de Cassierra.

O Belenenses termina a primeira volta com a quarta derrota seguida para a Liga, mas fora da zona de despromoção. Houve sinais positivos no primeiro jogo de Petit, vontade - lisboetas terminaram o jogo com muita gente na frente e até o guarda-redes foi à área contrária - e a derrota até foi um castigo demasiado pesado para a equipa da casa, superior em quase todos os momentos no jogo menos na capacidade de fazer frente à pressão de um momento de extrema delicadeza.

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