V. Setúbal-Boavista, 1-0 (crónica) - TVI

V. Setúbal-Boavista, 1-0 (crónica)

Vitória Setúbal-Boavista

Laivos de Boavistão insuficientes

Relacionados

Não deixa de ser verdade que, não fosse o autogolo de Marlon, e assistir-se-ia pela quinta vez esta época a um 0-0 no Estádio do Bonfim.

Mas, justiça seja feita, este jogo, provavelmente o melhor que se viu por Setúbal em 2019/20, merecia golos.

Justiça #2: se a equipa da casa fez o suficiente para justificar o golo que apontou, ainda que com sorte à mistura, a pantera produziu o mínimo exigível para levar para o Bessa os três pontos, mas esbarrou na falta de acerto no ataque e na inspiração de Makaridze.

FILME E FICHA DE JOGO

O conjunto orientado interinamente por Meyong até começou melhor, mas foi caindo de rendimento à medida que o cronómetro avançou, tendo chegado ao golo num período de frigidez ofensiva e que nem as alterações promovidas minutos antes pareciam alterar.

Ainda se gritou golo no Bonfim nos minutos iniciais. Lançado nas costas da defesa axadrezada, Berto só tinha de bater Helton Leite (voltou a jogar na Liga quase nove meses depois), mas optou pelo gesto atruísta de entregar de bandeja o golo a Ghilas, apanhado em fora de jogo pelo VAR.

Depois do susto inicial, o Boavista encontrou-se. Com um sistema de três centrais, laterais projetados e o ataque bem oleado, os visitantes começaram a assumir-se como a melhor equipa da noite a partir do minuto 15, quando Makaridze (o melhor da noite) negou o golo a Paulinho.

Com Leandrinho muito desapoiado, o Vitória até tinha mais bola, mas não conseguia controlar as investidas dos axadrezados, muito ativos na pressão sobre o meio-campo da equipa da casa.

Havia, ainda assim, sinais de algum descontrolo de parte a parte numa primeira parte de alto-risco e na qual as duas equipas procuraram abertamente o golo como poucas vezes se vira neste palco esta temporada.

A etapa complementar pertenceu totalmente ao Boavista. A pantera não só cercou uma equipa sadina cada vez mais entregue à sorte como acentuava os raides numa caçada que, acreditava-se, seria frutífera mais cedo ou mais tarde.

Não aconteceria.

Entre os 61 e os 69 minutos, antes do autogolo de Marlon aos 78 minutos, foram três as boas ocasiões, a primeira delas negada por Makaridze a Stojiljkovic. Só ele tentou pelo menos uma mão cheia de vezes, a última delas no derradeiro lance de um jogo com sentido único na segunda parte.

Na noite em que perdeu a invencibilidade na Liga, o Boavista chegou a ter laivos de Boavistão e terá arrancado uma das exibições mais autoritárias da época: terminou com 26 remates, mas capitulou pela falta de pontaria, por Makaridze e saiu ingloriamente castigado da pior das formas.

Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE