V. Setúbal-Famalicão, 1-2 (crónica) - TVI

V. Setúbal-Famalicão, 1-2 (crónica)

Fama reclama Europa

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Depois do deslize do Rio Ave na Madeira (0-0), o Famalicão não deixou escapar a oportunidade, foi ao Bonfim vencer o V. Setúbal com um golo ao cair do pano e voltou a ocupar uma posição de acesso à Liga Europa graças a um bis de Diogo Gonçalves.

FILME E FICHA DE JOGO

O Vitória procurou adaptar-se à muita largura dos visitantes, defendendo recorrentemente com uma linha defensiva de cinco que obrigou o Famalicão a ser paciente na construção.

Sem Artur Jorge nem Sílvio, o sincronismo dos homens mais recuados da equipa da casa foi posto constantemente à prova e nem sempre passou no teste diante de um Famalicão que conseguia colocar muitos homens no último terço.

Laterais projetados, Fábio Martins com movimentos diagonais, Diogo Gonçalves profundo e um ponta de lança de impor respeito.

Apesar da estratégia mais conservadora, a equipa sadina esteve mais solta do que nas suas versões anteriores. Se Lito já tinha entrado com a intenção de surpreender nas transições, o jogo do Vitória ficou, teoricamente, ainda mais talhado para isso após a entrada de Berto aos 21 minutos após lesão de Guedes.

Por essa altura o Famalicão já estava na frente do marcador desde o minuto 15, altura em que que Diogo Gonçalves se isolou e fez o 1-0.

Ainda que com mais bola, o Famalicão não parecia ter o controlo absoluto do jogo. Agressivos, Éber Bessa e Carlinhos lançaram algumas transições rápidas, mas foi de uma bola parada que surgiu o golo do empate: um remate acrobático de Jubal aos 24 minutos de uma primeira parte na qual se jogou pouco: cinco amarelos (quatro deles num espaço de quatro minutos), três entradas para assistências médicas e sete minutos de compensação.

O Vitória reentrou para a segunda parte mais agressivo e Zequinha (primeiro) e, depois, Berto ameaçaram o golo. Gradualmente, a chama da equipa da casa baixou de intensidade e o Famalicão repôs a ordem natural das forças, mas nem sempre com discernimento necessário para fazer a diferença no último terço.

Compenetrados nas tarefas defensivas, os anfitriões apostaram na receita da primeira parte. Transições rápidas, mas a má definição no último terço fez com que nunca estivessem mais perto da felicidade do que os homens de João Pedro Sousa.

Ainda que de formas distintas, Vitória e Famalicão procuraram chegar ao triunfo, que acabou por cair para o lado de uma equipa que, ainda que não se tenha exibido ao melhor nível, foi a mais forte: já perto do tempo de compensação (o que atesta mais uma vez a fragilidade psicológica dos sadinos, tantas vezes surpreendidos em retas finais), os visitantes aproveitaram um momento de passividade alheia para chegarem à vitória por Diogo Gonçalves.

O Famalicão está em zona europeia e a festa dos minhotos prova que é lá - na Europa - que querem mesmo estar para o ano. O histórico Vitória, que não vence desde o final de janeiro, pode cair esta jornada para a zona de despromoção. De um lado luz; do outro uma sombra cada vez mais escura.

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