V. Setúbal-Paços de Ferreira, 2-3 (crónica) - TVI

V. Setúbal-Paços de Ferreira, 2-3 (crónica)

Crença e convicções na base de reviravolta

As equipas definem-se por um conjunto de características. E uma delas, umas das que as tornam verdadeiras equipas, é a capacidade de se manterem fiéis aos princípios, mesmo quando, aparentemente, estes parecem não ter resultados práticos.

Foi sobretudo isso que permitiu ao Paços de Ferreira derrotar o V. Setúbal depois de ter ido para o intervalo a perder por 2-0. Pepa corrigiu o que tinha para corrigir nos aspetos defensivos, deu corpo ao ataque e o Paços arrancou para uma segunda parte soberba com reviravolta em 25 minutos e regressou ao norte com os três pontos e a permanência na Liga quase assegurada.

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Abençoado por uma tremenda eficácia, o V. Setúbal parecia a caminho de matar a sede de triunfos que se arrasta desde o final de janeiro.

Enquanto o conjunto visitante mostrava mais argumentos, os sadinos, limitados nas opções por força de castigos e sem uma referência fixa no ataque, mostravam tremenda eficácia. Mathiola inaugurou o marcador aos 27 minutos e Pirri, nos descontos do primeiro tempo, fez o 2-0.

Uma, duas, três, quatro, cinco. Uma bola na trave, um remate forte à malha lateral, outro a passar rente ao poste e Makaridze soberano.

Enquanto o Vitória dava uma aula de eficácia, os pacenses mostravam, nos primeiros 45 minutos, os efeitos nefastos que o azar e a desatenção podem acarretar.

Os desequilíbrios de João Amaral e Adriano Castanheira pelas faixas, a inteligência de Pedrinho e a potência de Douglas Tanque esbarravam na própria ineficácia e o resultado penalizava uma equipa que assumiu quase por completo as despesas do jogo e que, no fundo, a jogar assim, estaria, em condições normais, mais próxima de vencer.

Ainda no primeiro minuto da segunda parte, a equipa de Pepa injetou-se de confiança. Castanheira, um dos melhores dos visitantes, cruzou para a cabeça de Douglas Tanque e o avançado reduziu.

Com muito tempo por jogar, os visitantes encostaram os sadinos às cordas e acentuaram a tendência após a entrada de Denílson, que se juntou a Douglas Tanque no ataque.

O Vitória entrou em modo sobrevivência cedo. Demasiado cedo para quem revela tamanha intranquilidade que se arrasta há largas semanas.

Sem surpresa, Maracás empatou no cabeceamento sem oposição e aos 71 minutos Denílson deu corpo à superioridade pacense com um remate forte e colocado.

Lição de crer e de convicções? Quem joga assim não merece que a sorte lhe vire as costas.

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