Sp. Braga-V. Guimarães, 1-0 (crónica) - TVI

Sp. Braga-V. Guimarães, 1-0 (crónica)

Sp. Braga-Vitória Guimarães

Horta decidiu dérbi de pólvora seca

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Dérbi do Minho. Corrida ao armamento, uma luta quase milenar transportada para o relvado e a expetativa de sempre para um embate entre Sp. Braga e V. Guimarães. As expetativas não foram correspondidas, o dérbi foi de pólvora seca, acabando por ser resolvido por Ricardo Horta com um tento solitário (1-0).

Triunfo para um Sp. Braga mais pragmática e com mais argumentos na hora de decidir. Se o jogo teve momentos divididos, com domínio repartido, quando esteve por cima o conjunto bracarense foi mais audaz e conseguiu criar perigo, algo raro no adversário.

Foi esse o principal problema do Vitória na pedreira. A equipa de Luís Castro teve alguns momentos interessantes em termos de volume de jogo, essencialmente na segunda metade quando correu atrás do prejuízo, mas não conseguiu colocar verdadeiramente à prova Tiago Sá. Para além do golo, os arsenalistas ainda atiraram uma bola ao ferro na segunda metade, fazendo prevalecer a sua maior ousadia.

Guerreiros crescem após o encaixe

Apostando exatamente no mesmo onze que saiu vencedor de Vila do Conde, o Sp. Braga mediu forças com um V. Guimarães reforçado comparativamente com o triunfo sobre o Marítimo. André André regressou após lesão, Pedrão e Wakaso voltaram ao onze depois de cumprir castigo e Welthon foi o elemento mais adiantado dos vimaranenses.

O encontro começou repartido, com as duas equipas a recearem-se e a respeitarem-se mutuamente. Pouco grau de risco, passe apenas pela certa e apenas de bola longa se ousava qualquer coisa de mais transcendente.

Mas, depois desse encaixe inicial, o Sp. Braga assumiu as rédeas do jogo e chamou a si o maior estatuto atestado pelos treze pontos de avanço sobre o rival à entrada para a 25.ª jornada. Passou a jogar no meio campo adversário a equipa de Abel Ferreira, ia aguentando como podia o conjunto de Luís Castro.

Numa fase em que o jogo ameaçava voltar à toada inicial os bracarenses adiantaram-se no marcador com a quebra de um jejum de dois meses sem marcar golos por parte de Ricardo Horta. Remate de Fransérgio de fora da área, Miguel Silva ainda defendeu mas deixou a bola à mercê da recarga de Horta para pedir um primeiro aplauso á pedreira.

Teve de arregaçar as mangas o Vitória, dominou os últimos dez minutos mas de forma pouco perigosa. Apenas um remate de Osorio, na ressaca de um pontapé de canto a apanhar Tiago Sá desposicionado, criou frisson.

Resposta com domínio mas sem perigo

Avisou Dyego Sousa logo no primeiro lance da segunda metade, como que pondo água na fervura naquela que seria a intenção de resposta do Vitória. Voou Miguel Silva para travar o cabeceamento do brasileiro.

Um lance que não atemorizou os vimaranenses, que dominaram o segundo tempo mas foram estéreis ofensivamente. Jogo demasiado mastigado, fazendo a bola percorrer zonas potencialmente perigosas, mas sem qualidade suficiente para criar mossa.

O cronómetro evoluiu e até foram os bracarenses a criar perigo. Fransérgio atirou ao ferro na sequência de um contragolpe e quase matou o jogo. Não ficou decidido aí, acabou por se arrastar até ao apito final.

Dérbi sem a chama de outros jogos com um regressar à normalidade do Sp. Braga, que não dá espaço para o Sporting atacar o terceiro lugar. O V. Guimarães não aproveitou a oportunidade para ganhar terreno para o quinto lugar.

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