A escritora Cláudia Galhós, a primeira autora portuguesa a lançar um livro na plataforma Second Life, acredita que os formatos electrónicos podem funcionar como um desafio à criatividade e estimular novas formas de escrita.
«Acredito que pode ser muito estimulante e abrir muitas hipóteses à nossa própria relação com a linguagem e o que ela significa - a linguagem como construtora de imagens, de sentidos e de narrativas», declarou à Agência Lusa a autora de «O Tempo das Cerejas», romance que foi apresentado a 17 de Julho de 2007, na versão virtual da ilha Bora Bora, por Jonsy Lilliehook, uma avatar que representa Cláudia Galhós no Second Life.
«O ecrã é uma página em branco, mas podemos colocar a palavra em movimento, a aparecer e desaparecer, podemos dar um ritmo diferente à palavra e este aspecto, que é formal, pode ser também conteúdo», defende a escritora, de 37 anos, estabelecendo uma analogia com a música. «Tal como a voz, o som e o silêncio dão forma a um tema, também aqui o tipo de letra que se escolhe, a possibilidade de a página não aparecer logo ou alternar com imagens vídeo é fantástica», declarou, revelando ter «muito interesse» em explorar essas vertentes.
E-books podem impulsionar novas formas de escrita
- Redação
- JF
- 25 nov 2009, 10:43
Primeira autora portuguesa a lançar livro na plataforma Second Life acredita que formatos electrónicos podem funcionar como desafio à criatividade
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