Para o treinador do Lyon, os zero pontos somados pelo Benfica na Liga dos Campeões à entrada da terceira jornada da fase de grupos não refletem aquilo que a equipa orientada por Bruno Lage tem feito.
«Pelos dois jogos que vi, penso que mereciam mais», referiu Rudi Garcia, que substituiu recentemente Sylvinho no comando técnico da equipa francesa, que soma quatro pontos na prova.
«O facto de o Benfica não ter vencido nenhum jogo, coloca-o na obrigação de ganhar. O início do jogo pode ser importante, principalmente quando se joga em casa. Gostamos de colocar pressão e temos de gerir isso e de tirar vantagem dessa situação. Temos de demonstrar que temos qualidade e que somos capazes de marcar golos. Vamos abordar o jogo com muita vontade, ambição e determinação», acrescentou em declarações aos jornalistas na véspera da partida entre as duas equipas no Estádio da Luz.
Rudi Garcia deixou elogios ao adversário desta quarta-feira após ser questionado como espera que o Benfica se apresente, sobretudo no ataque. «Do ponto de vista ofensivo, é uma equipa que tem qualidade. Penso que jogará com dois avançados, mas não é só no ataque que há jogadores perigosos. Eles aparecem também das alas.»
O treinador gaulês avisou, no entanto, que não basta ter qualidade individual e estendeu essa visão à própria equipa, pela qual vai cumprir o segundo jogo. «Ter bons jogadores é uma boa coisa, mas ter uma boa equipa é muito melhor. (…) Estou muito satisfeito com o meu plantel. Tenho jogadores com talento, mas o que tenho de fazer é que eles formem uma equipa talentosa.»
Na mesma conferência, Rudi Garcia abordou ainda a convivência com Juninho, diretor desportivo do Lyon que é próximo do anterior técnico dos franceses. Questionado acerca de eventuais dificuldades de relacionamento com ele, Garcia foi evasivo. «Já conhecia o Juninho: tive-o como adversário quando era treinador no Le Mans. Ele ganhou vários títulos de França no Lyon. Prefiro-o tê-lo como meu diretor desportivo do que como meu adversário. Foi dos melhores jogadores do Lyon. Não tenho idade para dar graxa a quem quer que seja, mas quando falei com ele senti-me como se o conhecesse há muito tempo. Ele fala de futebol. É bom falar de futebol com alguém do nível dele.»