Paciência: «O meu pai foi exemplo a seguir, melhor exemplo que Ronaldo» - TVI

Paciência: «O meu pai foi exemplo a seguir, melhor exemplo que Ronaldo»

Eintracht Frankfurt-Bayer Leverkusen

Após bisar na vitória ante o Leverkusen, avançado português fala de Bas Dost, André Silva, da evolução na Alemanha e da seleção

Relacionados

O avançado português Gonçalo Paciência foi a grande figura da vitória do Eintracht Frankfurt esta sexta-feira – bisou nos 3-0 ao Bayer Leverkusen – e fez algumas revelações no final da partida. Da inspiração no pai, ex-futebolista, ao relacionamento com os novos colegas no ataque dos germânicos: Bas Dost e André Silva. O ex-FC Porto assume que o pai, Domingos, foi o exemplo a seguir no futebol pela relação familiar, mais que Cristiano Ronaldo.

«Ele foi um exemplo a seguir por mim, um exemplo melhor do que Ronaldo porque é meu pai. Ele era muito bom na altura dele em Portugal», afirmou, em declarações aos canais da Bundesliga, completando: «Às vezes tenho algumas dificuldades porque jogo um mau jogo e as pessoas pensam: “o Gonçalo não é como o pai”. Quando marco e começo a jogar bem, vão dizer que vou ser melhor que o meu pai ou igual. O mundo é assim. Se me perguntar se quero ser como ele, claro que sim».

LEIA MAIS: todas as notícias de portugueses no estrangeiro

A propósito de Ronaldo, Gonçalo defendeu que é preciso os amantes do futebol aproveitarem esta era. «Para nós, portugueses, ele é o melhor exemplo. Onde quer que vás, conhecem o Ronaldo. Temos de orgulhar-nos dele, porque somos um país pequeno, com oito a dez milhões de pessoas, temos muito bons jogadores e um deles é o melhor do mundo. Acho que as pessoas devem falar menos e aproveitar mais, o ele falhar um golo ou coisas fora do campo. Temos de gostar dele, porque vai terminar a carreira em dois ou três anos e depois há tempo para criticá-lo a ele ou ao Messi. Temos de desfrutar agora».

VÍDEO: o bis de Gonçalo Paciência contra o Bayer Leverkusen

Sobre o balneário em Frankfurt, Bas Dost e André Silva. O holandês ex-Sporting e o compatriota são as principais referências de uma equipa que perdeu Ante Rebic, Sebastian Haller e Luka Jovic. Como é esta nova realidade ofensiva?

LEIA MAIS: todas as notícias do futebol internacional

«Perdemos jogadores importantes, mas estamos bem. Ainda estamos nas três competições nas quais iniciámos a temporada: liga, taça e Liga Europa. É difícil para muitas equipas, mas para nós especialmente, depois de perder jogadores como Ante [Rebic], Luka [Jovic] e Seb [Sebastian Haller] mas agora estamos num bom lugar. Como mudámos muito, vai demorar tempo a acostumarmo-nos uns aos outros. Nunca joguei com o Bas [Dost] antes desta época, já tinha jogado com o André Silva, mas num nível jovem, que não é o mesmo. O Bas é o típico moderno número nove, consegue manter a bola, tem um primeiro toque fantástico, mas é diferente de mim e do André. O André gosta de ser extremo, mas é também um número nove. Não é tão técnico, é mais como o Rebic, é o mesmo tipo de jogador. Luta e corre muito», avaliou.

Sobre uma possível chamada à seleção, após a primeira e única internacionalização em 2017, num jogo ante os Estados Unidos, o jogador de 25 anos afirmou ser «sempre um sonho», mas diz não estar preocupado e apenas focado no trabalho.

«Estou a jogar, a marcar golos, sinto-me importante para a equipa, mais importante que na época passada. Claro, é uma mudança, tenho mais minutos, que é o mais importante para um jogador de futebol, para sentir-se confiante e para a equipa acreditar em ti. Quando cheguei à Alemanha, melhorei o meu jogo, a jogar mais na área, estar lá para os cruzamentos. Também consigo manter a bola. Gosto de ser parte de todo o jogo, não só marcar golos, não só atacar e não estar só na defesa», considerou, ainda.

Continue a ler esta notícia

Relacionados