Bernardo: «Há equipas que têm mais força na entrega de prémios individuais» - TVI

Bernardo: «Há equipas que têm mais força na entrega de prémios individuais»

Bernardo Silva, Man City/Portugal: 100 milhões de euros

Português queixou-se que os colegas do Man. City são subvalorizados, antecipou uma possível retirada de Cristiano Ronaldo e voltou a falar do Benfica

Relacionados

De regresso a Manchester, Bernardo Silva aguarda o regresso aos treinos do Manchester City e admite que está com «saudades» de competir e dos companheiros. 

«Tenho muitas saudades. Como nunca tive nenhuma lesão grave, o máximo de tempo que estive sem jogar futebol foram três meses/um mês, ou seja, o período de férias. Portanto, acho que o mais importante é a saúde e a segurança das pessoas, mas claro que tenho muitas saudades de jogar, de sentir atmosfera no estádio, de sentir a alegria das pessoas, de ganhar títulos e jogos. (...) Os governos de cada país têm capacidade para decidir o que é melhor para o povo. Faremos o que for melhor», começou por dizer, em declarações ao Esporte Interativo

O internacional português enumerou as várias atividades que fez para «não dar em maluco da cabeça» durante o período de isolamento.

«Voltei a Manchester há pouco tempo, passei grande parte da quarentena em Portugal. Estive numa casa fechado com seis pessoas durante um mês e dez dias. O meu dia normal era tomar pequeno-almoço, fazer um pouco de desporto, tentar comer o mais saudável possível, estar ativo, fazer coisas diferentes, ver filmes, ler, voltar a fazer desporto. Tentei estar entretido ao máximo para não dar em maluco da cabeça e tentar manter-me bem fisicamente», atirou. 

O criativo do Man. City aproveitou ainda para lamentar o facto de alguns colegas de equipa serem subvalorizados. 

«Acho que há equipas que têm mais força na comunicação social e na entrega desses prémios. Dei o exemplo do De Bruyne nunca ter ganho o prémio de melhor jogador da Premier League. É impensável. O Man. City ganhou a Premier League duas vezes seguidas. O Silva e o Aguero, por exemplo, já ganharam cinco vezes a Premier League. Acho que os troféus coletivos são muito mais importantes, mas o reconhecimento individual também são e eles devem ser reconhecidos», frisou. 

Durante a entrevista, Bernardo foi questionado acerca da eventual retirada de Cristiano Ronaldo, atualmente com 35 anos.

«Um dia o Ronaldo vai ter de terminar a carreira. Esse dia vai ser um dia triste para a seleção nacional. Vai deixar muita saudade, faz a diferença, dá muito golo, é o capitão e tem uma voz forte dentro do balneário. É insubstituível, mas vem aí uma geração muito forte e que vai continuar a trazer bons resultados à nossa seleção. Ronaldo é insubstituível, mas acho que vamos continuar a fazer um bom trabalho», comentou. 

Depois de ter destacado Moutinho como o jogador com quem mais aprendeu, o futebolista de 25 anos voltou a recuperar o período na equipa principal do Benfica.

«Trabalhei pouco tempo com Jesus. Só fiz três jogos na equipa principal do Benfica, fiz cerca de dez minutos em cada um. Comecei a pré-época no ano seguinte e sai para o Mónaco. Não tinha espaço no clube. O Jesus fez um ótimo trabalho no Brasil e no Benfica, mas não posso adiantar muito sobre isso porque trabalhámos pouco tempo», referiu, antes de desenvolver o raciocínio. 

«O meu objetivo era ficar na equipa principal do Benfica. Assim que percebi que o treinador não contava comigo, que não tinha o meu espaço, tomei a decisão de sair para o Mónaco. Foi uma decisão dura, mas necessária. Acabou por ser ótima decisão, porque fui muito feliz no Mónaco.»

A entrevista completa:

Continue a ler esta notícia

Relacionados