João Mário conta que foi vítima de racismo e fala sobre Bernardo Silva - TVI

João Mário conta que foi vítima de racismo e fala sobre Bernardo Silva

João Mário (Lusa)

«Foi muito, muito estranho que tenham colocado Bernardo e racismo no mesmo saco. Não combina»

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João Mário saiu em defesa de Bernardo Silva, castigado pela Federação Inglesa por racismo, por causa de uma brincadeira nas redes sociais com o amigo Mendy.

«Foi muito, muito estranho que tenham colocado Bernardo e racismo no mesmo saco. Não combina», disse o internacional português em entrevista à Associated Press, considerando que o castigo «não faz sentido».

«Ele sabem bem quais foram as suas intenções. Por isso, para ele foi fácil entender que não tinha feito nada de mal. Mas é importante que a Federação Inglesa também perceba qual a diferença entre racismo e uma brincadeira.»

Emprestado ao Lokomotiv de Moscovo pelo Inter de Milão, João Mário jogou em Inglaterra pelo West Ham e conhece o contexto cultural inglês.

«Falei com ele porque esse é o tipo de coisa que pode afetá-lo. Se és acusado de algo tão grave, isso mexe contigo. Por isso, tentei falar com ele, só para que ele ficasse calmo e percebesse que o que ele fez não é racismo.»

João Mário falou ainda sobre a falta de punição a casos de racismo claro no futebol italiano, pedindo aos dirigentes do futebol em Itália que levem a sério o problema.

«Eles precisam de mudar a mentalidade. Quando entenderem que há um problema lá, poderão realmente mudar. Mas neste momento eles ainda não percebem que é um grande problema.»

Cânticos racistas foram recentemente dirigidos a jogadores negros como Romelu Lukaku, Franck Kessie, Dalbert Henrique, Ronaldo Vieira, Kalidou Koulibaly e Mario Balotelli.

«Acontece em todo o lado. É triste, mas é verdade», disse João Mário sobre suas próprias experiências desde que assinou contrato com o Inter de Milão em 2016. «Aconteceu comigo. Acontece com amigos. Acontece todos os dias», contou.

«Eles precisam de banir as pessoas. Precisam de começar a prender pessoas. Podem realmente fazer a diferença. Precisamos de levar isso a sério. Caso contrário, continuaremos a falar sobre isso e a ficar tristes com o que se passa.»

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