«Wolves? O Jorge Mendes agora diz-me: 'Vês como eu tinha razão?'» - TVI

«Wolves? O Jorge Mendes agora diz-me: 'Vês como eu tinha razão?'»

Diogo Jota abriu o marcador do Wolverhampton-Liverpool contra a antiga equipa (Paul Ellis/AP)

Diogo Jota recorda o momento em que aceitou ir jogar para o segundo escalão de Inglaterra. Hoje acredita ter dado o passo certo para chegar onde está agora. «Por vezes precisamos de dar um passo atrás para dar dois à frente»

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Em 2017/18, Diogo Jota transferiu-se do Atlético Madrid para o Wolverhampton, que na altura disputava o segundo escalão de Inglaterra.

Menos de quatro anos depois daquilo que poderá ter sido entendido na altura como um passo atrás na carreira do jovem futebolista que estava ligado ao Atlético Madrid e tinha feito quase 40 jogos ao serviço do FC Porto na época anterior, Jota é hoje presença assídua na Seleção Nacional e joga no Liverpool, que no verão passado pagou por ele quase 45 milhões de euros.

«Um tio meu perguntou-me na altura porque é que eu ia para o Wolverhampton, mas agora concorda comigo! Devo admitir que eu também não estava assim tão convencido quando o Jorge Mendes me apresentou essa hipótese. Acabou por convencer-me e agora diz-me: 'Vês como eu tinha razão?'», recordou Diogo Jota em declarações à FourFourTwo.

O avançado de 24 anos disse ter dado o passo certo e que a ida para o Wolverhampton permitiu-lhe dar passos sólidos para crescer como jogador. «Há algum tempo vi um estudo noTransfermarkt que dizia que o Championship era a sexta liga mais valiosa da Europa. A Liga portuguesa era a quinta. Por essa perspetiva podia dizer-se que a minha mudança para o Wolves era um passo atrás naquele momento, mas o Championship é muito competitivo. Mas também o fiz pelo projeto e o Wolves tem as pessoas certas à rente do clube. Por vezes precisamos de dar um passo atrás para dar dois à frente. No fim de contas, as coisas correram bem e ficou provado que esta foi a decisão certa, apesar de ter parecido um pouco arriscada na altura», admitiu.

Nesta época, Jota teve um arranque auspicioso no Liverpool, mas uma lesão num joelho afastou-o dos relvados durante algum tempo. «Estive quase três meses de fora. Nunca tinha estado estado tanto tempo lesionado desde que sou profissional e isso aconteceu na pior altura possível, porque as coisas estavam a correr-me bem. Depois, os resultados não foram os melhores, o que só aumentou a minha frustração», recordou.

Diogo Jota projetou ainda o Euro 2020, no qual Portugal vai tentar defender o título conquistado em França em 2016 e estará presente no mesmo grupo de França, Alemanha e Hungria. «Eu sublinho sempre que a Hungria também está lá! Não se esqueçam que quando vencemos o Euro 2016 não conseguimos vencê-los na fase de grupos [n.d.r.: empate a três]. Ficámos num grupo difícil, mas os Europeus nunca foram fáceis. Mas nós sabemos a qualidade que temos e se conseguirmos construir uma boa equipa acredito que poderemos ultrapassar a fase de grupos.»

Ainda à FourFourTwo, Diogo Jota partilhou a primeira memória impactante relacionada com futebol: os quartos de final do Euro 2004 entre Portugal e Inglaterra, quando tinha sete anos. «Eu estava sentado na sala com o meu pai e o meu irmão e ficámos todos muito felizes por termos vencido. Mal podia acreditar como é que o Ricardo tinha defedido um penálti sem luvas. Esse foi um dia marcante para mim», lembrou.

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