«Queriam mudar a hora do treino para as esposas assistirem» - TVI

«Queriam mudar a hora do treino para as esposas assistirem»

Bruno Ribeiro (fonte: facebook do Ludogorets)

Bruno Ribeiro conta aventura no Ludogorets e lembra ligação a José Mourinho: «Aprendi com ele 90 por cento do que sei»

Bruno Ribeiro, que esta época assumiu o comando técnico do Port Vale, da League One, equivalente ao terceiro escalão do futebol inglês, contou pormenores da sua vida em Inglaterra, nomeadamente da relação com José Mourinho, amigo de longa data.

Os dois são naturais de Setúbal e foi o pai de José, Félix Mourinho, a lançar Bruno Ribeiro no Vitória local. Desde aí que ficou uma amizade.

«Falo com ele todas as semanas. Ele é um grande amigo e sempre digo que o pai dele também é meu pai, porque me ajudou muito. Estamos a 45 minutos um do outro e às vezes vamos beber um copo. O José é fantástico, um bom homem, muito vivo e sempre feliz. Não é o mesmo que se vê na TV ou na imprensa. Numa mesa com seis ou sete pessoas ele é uma grande companhia», afirmou Bruno Ribeiro ao jornal inglês «The Guardian».

Ribeiro já fez vários estágios com Mourinho e não tem dúvidas de que o tempo que passou com ele foi «vital».

«Fez uma grande diferença. Tenho as minhas ideias e ele tem as dele, mas 90 por cento do que sei aprendi com Mourinho», considera.

«No Ludogorets entrei no balneário e estava lá um jogador que eu não conhecia»

Na mesma entrevista, Bruno Ribeiro dá conta da aventura mais estranha da carreira, aquela que viveu na Bulgária, ao serviço do Ludogorets. Foram poucos meses, o clube anunciou o despedimento por suposta indisciplina do técnico que garante que não foi bem assim.

«O problema é que eu não tive opinião num único jogador contratado. O dono do clube foi ao Brasil, viu jogadores, trouxe-os e eu nunca soube de nada. Um dia entrei no balneário e estava lá um jogador que eu não conhecia. Os outros…Abria o jornal e via quem tinha sido contratado», conta.

E as histórias da Bulgária continuam. O treinador conta que um dia um diretor lhe disse que tinha de passar os treinos, normalmente às 10 da manhã, para as 19 horas. «Perguntei o porquê e disseram que as mulheres dos jogadores tinham de ver os treinos. Uma maluquice! Não podia permitir, era uma distração. Não dava para trabalhar da forma que eles queriam, por isso vim embora. É um grande clube, com condições muito boas, mas as pessoas…», lamenta.

Continue a ler esta notícia