Manuel Alegre acusou Cavaco Silva de, durante a campanha eleitoral, ter feito uma única promessa concreta, «a ameaça de precipitar uma crise política grave».
Segundo o candidato presidencial apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda, apesar de o Presidente da República dizer «agora ter pouco apetite pela bomba atómica da dissolução», essa «foi a sua principal promessa», disse durante um jantar comício em Águeda.
«Essa promessa foi feita de forma muito clara, esse promessa é que permanece», reforçou, deixando mais uma questão: «Será que se justifica somar às dificuldades financeiras, económicas e sociais uma crise política grave? Quem, senão este presidente, caso fosse reeleito, em coordenação e cooperação estratégica com os partidos que o apoiam, poderia precipitar essa crise política grave?»
«Dirijo-me a todos as portuguesas e a todos os portugueses e em particular a todas aquelas e todos aqueles que ainda não decidiram o seu sentido de voto: qual o candidato que dá mais garantias de defesa da estabilidade política?», observou.
Contra a «batota»
Alegre, entretanto, pediu para que não se faça «batota» na política, afirmando que, ao conhecer «uma certa sondagem» hoje, teve o mesmo sentimento da noite em que foi anunciada a «pseudo derrota» de Humberto Delgado.
«Não gosto de batota na política, não gosto de batota na democracia. E estou neste combate para o travar até ao fim», garantiu, acrescentando: «E também precisamos de um Presidente que não tenha medo de ser escrutinado. E que não adie, porque isso é sinal de arrogância, para depois do dia 23 as respostas às dúvidas e às perguntas que lhe são feitas e deviam ser esclarecidas para bem da República, com clareza e transparência democrática».
«Única promessa de Cavaco é ameaça de crise política grave»
- Redação
- FC
- 19 jan 2011, 23:00
Alegre continua a atacar Cavaco Silva
Continue a ler esta notícia