Rio ou nunca: o ouro que falta a uma carreira - TVI

Rio ou nunca: o ouro que falta a uma carreira

Roger Federer (Reuters)

São vários os atletas de topo a quem falta a consagração olímpica. A derradeira hipótese de ganhar a medalha de ouro está no rio 2016

Ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos é especial, muito especial para imensos atletas mesmo. Para alguns não é a conquista mais importante do palmarés – como não será, por exemplo, para um futebolista – para outros será, como, por exemplo para os praticantes do atletismo.

Para outros ainda pode ser aquilo que lhes falta a quem já ganhou tudo (o resto) que de mais importante há para ganhar. Ou, simplesmente, ser também a última oportunidade para chegar aos mais alto lugar do pódio para quem continua a ambicionar a glória por se sentir com a força, além da ambição, para isso. Vamos conhecer alguns deles.

Roger Federer

É considerado o melhor tenista de todos os tempos, não só pela elegância com que joga, ou pela técnica que exibe desde finais da década de 1990, como também, especialmente, pelo recorde de 17 vitórias em torneios do Grand Slam. Roger Federer foi medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Pequim 2008 em pares, fazendo dupla com o compatriota Stan Wawrinka. Em Londres 2012 ganhou a prata perdendo a final para o britânico Andy Murray. Ao suíço falta a medalha de ouro olímpica em singulares num palmarés, mesmo assim, inigualável por enquanto. Federer já ressalvou várias vezes que o ouro olímpico (nos singulares) não é uma obsessão; já o ganhou nos pares; e prefere destacar a representação nacional para a Suíça que significa estar nuns Jogos Olímpicos. Também por isso, no planeamento da temporada 2016, o atual nº3 mundo previu disputar os três torneios olímpicos de ténis ao seu dispor nos Jogos Rio 2016 (durante os quais fará 35 anos): singulares, pares (com Wawrinka) e pares mistos (com Marina Hingis). Se chegar às três finais pode ter de disputar 15 encontros em oito dias.

Meb Keflezighi

Quando correr a maratona nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro terá 41 anos (feitos em maio). Já é o maratonista mais velho de sempre dos Estados Unidos. No Rio 2016 procura a medalha de ouro após se ter estreado na distância numas olimpíadas em Atenas 2004, onde ganhou a medalha de prata. Lesionado em 2008, falhou Pequim. Voltou aos Jogos em Londres 2012, onde foi quarto classificado. Mebrahtom Keflezighi nasceu na eritreia, tornou-se conhecido como Meb Keflezighi nos EUA. Ganhou a Maratona de Nova Iorque em 2009 e a de Boston em 2014 – nenhum corredor norte-americano ganhava aquelas corridas desde, respetivamente, 1982 e 1983. O «impulso» de competir que confessa pode animá-lo para outra marca. Uma conquista do ouro no Rio de Janeiro torná-lo-á o mais velho vencedor de uma maratona nos Jogos Olímpicos, título que é do português Carlos Lopes, que venceu a corrida nas olimpíadas de Los Angeles 1984 com 38 anos.

Alberto Contador

Dois Tour (2007 e 2009), dois Giro (2008 e 2015), três Vuelta (2008, 2012 e 2014). Este é o tremendo palmarés de Alberto Contador só no que respeita às maiores provas do calendário velocipédico mundial. Há poucos dias venceu a Volta ao País Basco e repensou quanto à reforma. «Acho que, por agora, vou deixar essa ideia de lado. Acho que vou continuar a fazer o que gosto, que é o ciclismo», afirmou o espanhol, que já tinha previsto os Jogos Olímpicos como uma espécie de canto do cisne para o que falta no palmarés. Aos 33 anos, Contador afirma estar «exatamente como deveria estar» no que respeita à forma. A estrada do Rio de Janeiro pode cobri-lo com o ouro olímpico que não tem. O seu objetivo para este ano foi claro desde cedo: «Onde estou mais concentrado é no Tour e nos Jogos Olímpicos.»

Mark Cavendish

No ciclismo de pista, é Mark Cavendish quem procura a medalha de ouro olímpica para juntar aos três títulos mundiais (além de outro na estrada. O ciclista nascido na ilha de Man já se disponibilizou para representar a equipa da Grã-Bretanha nas seis corridas da disciplina de omnium e está também na calha para participar na prova de perseguição. Mas a seleção britânica ainda não está definida e as últimas provas são só em junho.

Yogeshwar Dutt

Vai para a quarta participação consecutiva em Jogos Olímpicos. Em Londres 2012 ganhou a medalha de bronze na luta livre, na categoria de -60 kgs. «No que respeita às Olimpíadas, o Rio será definitivamente a minha última [participação]», garantiu o lutador indiano de 33 anos. No Brasil, vai estrear-se na categoria de -65 kgs numas Olimpíadas. Desde que a federação internacional alterou as classes de pesos em 2013, Yogeshwar Dutt não tem tido problemas com a nova categoria tendo ganho os Jogos Asiáticos e os da Commonwealth.

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