Maria Luís: “O único objetivo deste Governo é sobreviver politicamente” - TVI

Maria Luís: “O único objetivo deste Governo é sobreviver politicamente”

Maria Luís Albuquerque

Vice-presidente do PSD diz que atual Governo não hesita em criar um novo imposto, se tal for necessário, para resolver uma exigência de alguma parte da maioria

A vice-presidente do PSD, Maria Luís Albuquerque, defendeu este sábado que o atual Governo tem por único objetivo sobreviver politicamente, não hesitando em criar um novo imposto, se tal for necessário, para resolver uma exigência de alguma parte da maioria.

Já todos percebemos que o único objetivo deste Governo é sobreviver politicamente. Portanto, se cada vez que for preciso resolver uma exigência de alguma parte desta maioria, para garantir que o Governo não cai, podem os portugueses ter a certeza que levam com um imposto novo", alertou.

Durante as Jornadas de Consolidação, Crescimento e Coesão, que decorreram esta noite em Viseu, Maria Luís Albuquerque sublinhou que a proposta de Orçamento de Estado do atual Governo é injusta nas suas opções, pois devolve rendimentos a alguns e aumenta os impostos para todos, agravando as desigualdades e injustiças sociais.

"É um Orçamento que, do ponto de vista do que nos é mais necessário, que é o reforço da confiança e o aumento do investimento para criar condições para o futuro, é um completo desastre", referiu.

Para a vice-presidente do PSD, a proposta de Orçamento para 2017 apresentada pelo Governo é fatal para o investimento e crescimento.

Tem questões que não são sequer ilusões, são aldrabices e trafulhices. Quando se diz às pessoas que a sobretaxa de IRS vai acabando ao longo do ano, é mentira: não acaba, manipulam-se as tabelas de retenção para criar nas pessoas a ilusão de que pode acabar", apontou.

Ao longo do seu discurso, destacou ainda o facto de esta proposta do Orçamento ir fazendo aparecer, ao longo do próximo ano, algumas medidas com objetivos eleitoralistas e que vão fazer com que os problemas aumentem no ano seguinte, dando o exemplo do aumento das pensões, a concretizar apenas em agosto de 2017 e não logo no início do ano.

"Mas, quem diz esta medida, diz outras", acrescentou, informando ainda que na sexta-feira à noite o Governo enviou mais informações que o PSD exigiu.

"A este pedido responderam que esta informação não interessava nada e que até perturbava a discussão, (…) porque esta informação diz-nos que o Governo reconhece que os impostos que espera cobrar até final do ano vão ficar abaixo da previsão inicial", disse.

De acordo com Maria Luis Albuquerque, ao perderem receita, irão cortar do lado da despesa, que já só tem o indispensável para pagar aos funcionários públicos.

É indispensável pagar aos funcionários públicos, mas se não se faz mais nada e não se compra mais nada, estamos a pagar a pessoas que não terão condições para trabalhar, quando se corta desta forma nas aquisições de bens e serviços, teremos pessoas a receber os seus salários mas que não tem condições para desenvolver o seu trabalho", alegou.

Maria Luis Albuquerque frisou ainda que para onde quer que se olhe, este Orçamento está revestido de problemas sérios, nomeadamente a falta de consistência, rumo, estratégia global, visão de futuro, confiança e credibilidade.

"À medida que pedimos mais informação percebemos que não podemos confiar na informação que nos é dada a custo, muito contrariados e não tem credibilidade. Sacrifiquem o que têm de sacrificar mas não façam os portugueses passar por o que passaram em 2011 até 2013 e 2014, em que começámos a melhorar", concluiu.

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