Volume de negócios brilha na Euronext Lisboa com entrada de estrangeiros - TVI

Volume de negócios brilha na Euronext Lisboa com entrada de estrangeiros

Bancos, portugueses ou não, vão saber quanto alguém deve quando for pedir um empréstimo

A Euronext Lisboa acabou por terminar a semana em alta, a acompanhar as principais bolsas europeias. Mas esta sexta-feira ficou marcada pelo forte volume de negócios, nomeadamente nos três pesos pesados e na Sonae SGPS. O índice PSI20 fechou a ganhar 0,4% para os 7.504,65 pontos.

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O Banco Comercial Português (BCP) negociou 50 milhões de papéis, dos quais se destacou uma passagem de mais de 40 milhões de acções, correspondente a 1,3% do capital social do banco liderado por Jardim Gonçalves. Segundo os operadores pode tratar-se de «uma operação de final de ano». Os títulos fecharam a semana inalterados nos 1,83 euros.

Outro título que registou um forte volume de transacções foi a Portugal Telecom (PT). A principal operadora de telecomunicações nacional ganhou 1,88% para os 9,20 euros e negociou mais de 11 milhões de acções. O comportamento da PT é explicado pelos operadores pelo facto do título ser «uma aposta de não residentes». «A forte procura de fundos estrangeiros pode estar a originar uma recuperação do título (da PT», referiu um operador à Agência Financeira.

A Sonae SGPS também está a ser outra aposta por parte dos estrangeiros. Nesta sexta-feira, a holding liderada por Belmiro de Azevedo negociou 6,7 milhões de títulos e fechou a ganhar 2,02% para os 1,01 euros. A subsidiária para as telecomunicações do grupo, a Sonaecom, somou 0,54% para os 3,69 euros.

Já a Energias de Portugal (EDP) perdeu 0,45% para os 2,21 euros, mas contribui para o forte volume de negócios no PSI20 ao transaccionar mais de 15 milhões de acções. A eléctrica nacional tem sido afectada pelas incertezas em torno do sector energético português. Bruxelas vetou a integração da Gás de Portugal (GdP) na EDP e na Eni. O Governo ainda em funções já avançou que não avança com o processo de reestruturação do sector. Uma tarefa que fica agora adiada até a entrada em funções do próximo Executivo, a ser eleito nas eleições antecipadas, a ter lugar em Fevereiro. À EDP resta recorrer da decisão de Bruxelas.

À semelhança de Lisboa, as principais praças europeias terminaram a semana com ganhos, estimulados pela queda do euro face ao dólar e pelos ganhos das petrolíferas, estimuladas pela subida do preço do petróleo. O índice espanhol IBEX ganhou 0,59%, o índice londrino FTSE somou 0,12%, o índice francês CAC subiu 0,56% e o índice alemão DAX avançou 0,64%.

Nos Estados Unidos, o ambiente é diferente. Os mercados norte-americanos estão dominados pelas perdas, depois de dados económicos que revelaram uma subida inesperada na inflação. Ao mesmo a subida do preço do petróleo condiciona o desempenho dos mercados. A travar maior uma quebra está um aumento na confiança dos consumidores norte-americanos. O índice Dow Jones perde 0,10% e o índice Nasdaq recua 0,39%.
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