Perspectivas para lucros das empresas são as piores desde 2001 - TVI

Perspectivas para lucros das empresas são as piores desde 2001

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O pessimismo entre os gestores de fundo em todo o Mundo está a crescer em relação à economia, aos resultados das empresas e os mercados accionistas, segundo o inquérito mensal do Merryl Lynch.

Dos 293 inquiridos, 51% acredita que os lucros das empresas vão piorar nos próximos 12 meses, enquanto que 32% afirma que vão melhorar. Há um mês atrás, o intervalo situava-se entre os 43% e os 40% a favor do optimismo.

Pela primeira vez o pessimismo sobrepõe-se ao optimismo desde Abril de 2001, no início da recessão económica nos Estados Unidos.

«Os elevados preços de energia estão a reduzir as estimativas de crescimento», afirmou David Bowers, chefe da equipa de estratégia de investimento do Merril Lynch. «A contenção de custos como catalizador de ganhos está de novo na ribalta.»

Nas últimas semanas, o preço do crude tem fixado máximos consecutivos, na sequência de receios de insuficiência de oferta para a crescente procura. Os preços de energia mais elevados estão a prejudicar os resultados líquidos das empresas, devido ao aumento dos custos.

A par destas razões, as recessões económicas que os Estados Unidos atravessaram nas últimas três décadas têm sido acompanhadas de crises petrolíferas. Embora alguns economistas esperem uma recessão para breve, outros estão preocupados com um abrandamento no crescimento da economia norte-americana e outras.

No inquérito do Merril Lynch, 53% dos gestores de fundos acreditam que a economia mundial irá enfraquecer nos próximos 12 meses. Pelo contrário, apenas 33% afirma que irá fortalecer. Há um mês atrás, o intervalo situava-se entre os 44% e os 43% a favor dos pessimistas.

Por outro lado, os gestores de fundos mostram-se menos preocupados com a inflação. Enquanto que 71% espera um aumento da inflação nos próximos 12 meses, apenas 10% estima uma descida nos preços e 18% espera que se mantenham estáveis. Em comparação, no inquérito realizado há um mês atrás, 90% dos gestores inquiridos acreditava num aumento da inflação e apenas 3% previa uma descida.
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