Ministro da Economia quer Portugal a criar mais valor para combater baixos salários - TVI

Ministro da Economia quer Portugal a criar mais valor para combater baixos salários

  • 28 jun 2018, 22:00
Manuel Caldeira Cabral

Manuel Caldeira Cabral lembrou quem "durante o período de ajustamento" disse que "para haver maior competitividade havia que baixar mais os salários e os custos" da produção. "E isso, de facto, não resultou", diz

 O ministro da Economia defendeu esta quinta-feira, no Porto, que Portugal tem cada vez mais de concorrer pela criação de valor, num combate aos baixos salários e pelo aumento da capacidade de preservar o saldo da produção.

Numa intervenção no âmbito do terceiro encontro organizado pela Startup Portugal e pela Web Summit, preparatório da terceira edição, em novembro de 2018, da cimeira em Lisboa, o ministro falou para uma assistência de estudantes e empreendedores.

Numa iniciativa que se propõe apoiar startups nacionais na sua "participação no maior evento de tecnologia do mundo, apoiando-as em 50% na aquisição dos Alpha Packs", Manuel Caldeira Cabral lembrou quem "durante o período de ajustamento" disse que "para haver maior competitividade havia que baixar mais os salários e os custos" da produção.

"E isso, de facto, não resultou", vincou o governante, argumentando que o país "não consegue nem quer conseguir" competir a esse nível "com o Vietname, China, Tailândia ou Indonésia".

Temos de conseguir que uma parte muito maior do que se produz cá fique em Portugal", disse o ministro, frisando isso ser possível quando "se tem design, um produto diferenciado ou se faz um produto costumizado" numa interação que "permitiria que 100% do valor ficasse em Portugal".

Enfatizando que a "ideia do 'Road 2 Web Summit' se aplica a toda a política do Governo com as 'startups'", uma "política de empreendedorismo" que disse ter sido "bem entendida pelo ecossistema, por quem está já dentro das 'startups'".

Para o ministro, estas empresas "são o acelerador de novas tecnologias", lembrando que tem "insistido na ideia de associação das 'startups' a setores tradicionais".

Há já muitas empresas de tecnologias de informação que fazem serviços para a indústria do calçado, têxtil, produtos metálicos e de precisão", frisou o governante lembrando aquelas que "fazem produtos costumizados em indústrias tradicionais, mas também tecnologias de gestão de produção inovadoras nestes setores e de outros muito mais avançados".

Duzentas 'startups' nacionais terão descontos na entrada na Web Summit, a conferência internacional de empreendedorismo que se realiza em novembro, em Lisboa, no âmbito do programa 'Road 2 Web Summit 2018'.

No primeiro ano em que a conferência se realizou em Lisboa, em 2016, este programa incluiu 67 'startups' e no ano seguinte 200 empresas.

As candidaturas para o programa decorrem entre até 30 de junho, com os vencedores a serem anunciados em setembro de 2018.

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