Moção de censura do PS «lançará país na instabilidade política» - TVI

Moção de censura do PS «lançará país na instabilidade política»

Ministro da Administração Interna lamentou que «o partido que deixou o país na bancarrota» não se preocupe em apresentar uma política alternativa

Relacionados
O ministro da Administração Interna considerou, esta quinta-feira, que se o PS apresentar uma moção de censura ao Governo estará a lançar o país na instabilidade política, que implicará a negociação de um segundo resgate e mais sacrifícios.

«Ao que consta [o PS] tem na mira a intenção de apresentar uma moção de censura, ao que se diz é esta a novidade que o seu líder tem para anunciar em primeira mão aos seus pares numa qualquer reunião extraordinária a ocorrer num qualquer de um dos próximos dias», afirmou Miguel Macedo, no encerramento da interpelação ao Governo agendada pelo PCP sobre «a situação nacional, a urgência da demissão do Governo e da rejeição do Pacto de Agressão; por uma política alternativa para o progresso do País».

E, continuou, caso isso aconteça, o significado é claro, já que uma moção de censura visa derrubar o Governo: «O que o partido que deixou o país na bancarrota quer é lançar agora o país na instabilidade política, é precipitar o país em novas eleições, para que Portugal tenha de negociar um segundo resgate, o que significará para os portugueses mais e novos sacrifícios.»

Centrando a sua intervenção em duras críticas ao PS, Miguel Macedo lamentou que «o partido que deixou o país na bancarrota» não se preocupe em apresentar uma política alternativa.

«A única coisa que lhe interessa é regressar ao Governo e assumir o poder», acusou, confessando a sua «desilusão» em relação ao partido que ainda «não foi capaz de gerar uma única ideia ou política alternativa a não ser dizer que quer menos austeridade e maior crescimento».

«O senhor de La Palisse não diria melhor, só que o senhor de La Palisse não é candidato a governar Portugal», ironizou.

Miguel Macedo condenou ainda a atitude do PS de pensar apenas «nos seus interesses, nos interesses dos seus dirigentes e das suas clientelas» e, dirigindo-se diretamente aos deputados socialistas, salientou que o tempo atual «não é o tempo da política como mero jogo político».

«Do que o país precisa não é nem de arrogância, nem de crispação, do que o país precisa é de responsabilidade, humildade e sentido de interesse nacional», afirmou, sustentando que os portugueses esperam é que Governo e oposição tenham a «superioridade moral e política» para partir para um caminho em prol do interesse nacional.

No início do seu discurso, o ministro da Administração Interna dedicou algumas palavras à restante oposição, desvalorizando PCP e BE ao considerar que «não passam afinal de minorias com assento parlamentar».

«PCP e BE passam a vida a invocar o povo, mas o povo não lhes reconhece através dos votos mandato e legitimidade para governar», considerou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados