Vieira da Silva afasta redução de salários em Portugal - TVI

Vieira da Silva afasta redução de salários em Portugal

Vieira da Silva

«Não sou adepto de políticas radicais. Não é uma solução viável nem eficaz do ponto de vista da economia», referiu

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O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, rejeitou esta quarta-feira uma eventual redução dos salários, referindo que tal poderia conduzir a um ciclo vicioso e levar o país a uma «ruptura social».

«Não sou adepto de políticas radicais. Não é uma solução viável nem eficaz do ponto de vista da economia», disse o ministro no encerramento do primeiro dia da conferência «Crise, Justiça Social e Finanças Públicas», que decorre na Faculdade de Direito de Lisboa, avançou a Lusa.

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Segundo Vieira da Silva, na actual conjuntura, uma política de redução salarial criaria «um ciclo vicioso» entre uma contracção da procura «brutal» e uma maior produção de desemprego que levaria o país a uma «ruptura social».

«Temos que ser muito realistas nesta altura. Tenho muitas dúvidas que este seja um sistema viável e socialmente aceitável», disse o ministro, sublinhando a necessidade de ter «mais confiança nos agentes económicos e na sua capacidade de negociação».

«Baixar os salários até quando? E para quê? Para concorrer com quem?», questionou.

Alguns economistas, entre os quais Silva Lopes, têm defendido a redução ou congelamento de salários para suster a criação de desemprego em resultado da crise.

Durante a mesma conferência em que participou o ministro, Vítor Bento disse que os salários em Portugal vão diminuir «a bem ou a mal».

«Quando digo a bem é através da concertação social, a via considerada neo-liberal, quando digo a mal é através do desemprego, a via liberal, deixar a economia funcionar», disse o presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS).

Para Vítor Bento, o aumento do desemprego é a grande ameaça à pobreza, uma vez que uma boa parte daqueles desempregados não irão voltar a encontrar trabalho ou se encontrarem ficarão sempre sujeitos a salários mais baixos.
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