Alta-costura pode «morrer» devido à crise (fotos) - TVI

Alta-costura pode «morrer» devido à crise (fotos)

Colecção Outono-Inverno de Alta Costura em Paris

Grandes estilistas optaram por cortar nos custos da sua representação na semana da alta-costura, em Paris

Nem a moda foge à crise. A semana da alta-costura, que termina esta quinta-feira, em Paris, dedicada sobretudo às elites não correu como seria de esperar, pelo menos, em termos de vendas.

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É que a maioria dos estilistas queixa-se de uma diminuição do número de consumidores, que acabaram por optar por outros mercados «mais em conta».

Os grandes estilistas também acabaram por cortar nos custos da sua representação esta semana, em Paris, reduzindo, por exemplo, o número de convidados para o desfile, depois de alguns observadores já terem previsto o fim da alta-costura.

«Sempre houve rumores da morte da alta-costura, apesar de agora serem mais fortes», disse a editora-chefe da revista Town&Country, Pamela Fiori, citada pela AP.

«Crise é terramoto. Muitas casas vão cair»

É certo que nos dias que correm comprar um vestido que custa mais do que muitos carros não está ao alcance de todos e a contracção económica apela à contenção, sobretudo quando falamos de vestidos que podem chegar aos 20 mil euros.

Em Maio, o estilista Christian Lacroix iniciou um processo de insolvência, lançando dúvidas sobre se a marca teria de fechar ou não.

Já o estilista Ralph Rucci, um norte-americano convidado no início dos anos 2000, já regressou às passerelles dos Estados Unidos, sobretudo por motivos económicos.

Rucci acredita que a alta-costura ainda é viável mas considera que Lacroix errou ao não a equilibrar com o estilo pronto-a-vestir.

«Para nós, a crise é como um terramoto e algumas casas vão cair», frisou o estilista Stephane Rolland, que lançou a marca com o mesmo nome há dois anos e meio.

Recorde-se, no entanto, que as bases da alta-costura já «tremeram» há mais tempo, como aconteceu com a italiana Elsa Schiaparelli, que fez história na moda dos anos 1920 e 1930, tendo caído depois da II Guerra Mundial, tal como a francesa Madeleine Vionnet.
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