A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) decidiu adiar até março do próximo ano a entrada em vigor da nova norma sobre os níveis de testosterona em mulheres, a fim de evitar «atrasos adicionais e incerteza em relação às atletas que queiram competir na próxima época e nas seguintes na categoria feminina».
A decisão surge após os recursos apresentados pela atleta Caster Semenya e pela Federação sul-africana porque em abril a IAAF entendeu reduzir os níveis de testosterona em desportistas que tenham hiperandroenismo, que deveriam tomar medicação para reduzir a produção
A nova regra, que deveria entrar em vigor já no dia 1 de novembro, exige que as atletas que sofram de hiperandrogenismo - distúrbio caracterizado pelo excesso de andrógenos como testosterona -, tenham níveis de testosterona abaixo dos cinco nanomoles por litro de sangue, cinco meses antes de competirem.
«A IAAF continua convencida da base legal, científica e ética dos regulamentos e espera que o TAS [Tribunal Arbitral do Desporto] rejeite os recursos, mas também compreende que as atletas afetadas necessitem de certezas o mais rápido possível», escreveu a IAAF num comunicado.
Referir ainda que a audiência no TAS do recurso sul-africano está prevista para fevereiro e a decisão para finais de março.