Mundial futsal: Portugal vence Espanha com 'remontada' e está nas meias - TVI

Mundial futsal: Portugal vence Espanha com 'remontada' e está nas meias

Triunfo luso no prolongamento depois de ter estado a perder por 2-0. Portugal vai tentar pela primeira vez chegar à final, depois das meias-finais de 2000 e 2016

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Portugal venceu esta segunda-feira a Espanha por 4-2 após prolongamento e está nas meias-finais do Mundial de Futsal pela terceira vez na sua história. Depois do nulo ao intervalo, a equipa portuguesa esteve a perder por 2-0, mas conseguiu uma 'remontada' incrível e venceu no tempo extra.

Num início de alguma vertigem, Portugal começou bem o jogo, conseguiu várias recuperações e assustou logo na parte inicial, num remate de Bruno Coelho que aqueceu a perna direita de Jesús Herrero aos 15 segundos. A equipa de Jorge Braz mostrou-se bem defensivamente e conseguiu também uma boa pressão alta na saída de bola de Espanha.

Ainda assim, os comandados de Jorge Braz não se livraram de alguns sustos, como quando Ricardinho perdeu a bola em zona proibida e Adri falhou já com Bebé fora do alcance da bola (2m). O guarda-redes luso exibiu-se também em bom plano para negar o golo a Chino num remate cruzado (7m).

A primeira grande dificuldade para Portugal surgiu à passagem do minuto dez com a quinta falta, motivada pela soma, em catadupa, de infrações assinaladas pela dupla de arbitragem egípcia e marroquina. Jorge Braz pediu pouco depois o minuto de desconto, disse à equipa para adaptar-se ao momento do jogo e não forçar muito em cima do adversário: o campeão europeu esteve bem defensivamente e só cometeu a sexta falta numa hesitação de Bebé ao sair da área. Adolfo foi abalroado, mas Adri, dos dez metros, atirou ao lado a 34 segundos do descanso. A Espanha também chegaria às cinco faltas, mas não passou disso.

Pelo meio, uma perda incomum de bola da Espanha quase valeu frutos a Portugal, mas Borja cortou na hora H o passe de Fábio Cecílio para Miguel Ângelo e Jesús Herrero salvou o companheiro de equipa de um autogolo.

O início da segunda parte trouxe o pior período de Portugal. Ao aviso, seguiram-se dois golos: Raúl Campos atirou ao ferro depois de uma perda de Afonso e, logo a seguir, Ortiz colocou a bola por alto para Adolfo aparecer na cara de Bebé e fazer uma «chapelada» para o 1-0 (21m). Nem dois minutos passados, Portugal não tapou bem num livre favorável aos comandados de Fede Vidal e Adri atirou a contar para o 2-0.

Contudo, o campeão europeu reergueu-se nos dez minutos finais e, após vários avisos, André Coelho rematou em zona frontal para bater Jesús Herrero, que deixou a bola escapar entre as pernas e os braços (31m): o 2-1 animava o duelo ibérico. E ainda mais o campeão europeu.

O empate surgiu depois numa jogada de laboratório, com Afonso a repor na esquerda e Miguel Ângelo, perto da zona de canto, a receber para assistir Zicky, felino e eficaz a desviar na área para o 2-2 (36m).

No último minuto do tempo regulamentar a seleção portuguesa passou por vários calafrios - incluindo uma bola no poste da baliza de Bebé no último segundo (!!) -, mas conseguiu levar o jogo para prolongamento.

Aí, ao terceiro minuto, Portugal voltou a ser feliz quando, após um remate de Pany Varela, Raya cortou para a própria baliza, dando a primeira vantagem a Portugal.

Na segunda parte do tempo-extra, com a Espanha a arriscar o guarda-redes avançado, Pany Varela aproveitou uma recuperação de bola e marcou de antes do meio-campo, fazendo o resultado final.

Portugal fica agora à espera de adversário, que vai sair do jogo entre Irão e Cazaquistão. Depois de 2000 e 2016, Portugal vai de novo tentar, pela primeira vez, o acesso à final da competição, na qual tem como melhor resultado o terceiro posto de 2000, seguido do quarto em 2016.

Ficha de jogo:

Jogo na Vilnius Arena, Lituânia.

Árbitros: Hassan Egy (Egito), Khalid Hnich (Marrocos).

ESPANHA: Jesús Herrero, Carlos Ortiz, Adolfo, Adri, Raúl Campos. Suplentes: Juanjo (gr), Marc Tolrá, Bebé, Raya, Borja Torres, Chino, Mellado, Raúl Gómez, Solano. Treinador, Fede Vidal.

PORTUGAL: Bebé, João Matos, Bruno Coelho, Fábio Cecílio, Ricardinho. Suplentes: Vítor Hugo (gr), André Coelho, Tomás Paçó, Afonso Jesus, Erick, Pany Varela, Tiago Brito, Miguel Ângelo, Zicky.

Disciplina – cartões amarelos: Bruno Coelho, 12’, Raya, 17’, Bebé, 20’, Mellado, 25’, Pany, 33’, Jorge Braz, 37’.

Golos: Adolfo, 22', Adri, 23', André Coelho, 31', Zicky, 36', Raya (autogolo), 43', Pany Varela, 48'.

O resumo do jogo:

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