Illiabum abdica da presença na Liga de basquetebol - TVI

Illiabum abdica da presença na Liga de basquetebol

Illiabum

Ovarense mantém-se, apesar de redução drástica do orçamento

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O Illiabum abdicou da presença na Liga de basquetebol e vai descer à Proliga, ao contrário da Ovarense, que mantem a equipa masculina na próxima edição do principal campeonato português. As decisões foram comunicadas à Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) na segunda-feira, prazo para os clubes primodivisionários dizerem em que nível queriam competir na época 2020/2021.

O clube de Ílhavo ocupava, com 22 das 26 jornadas da fase regular cumpridas em 2019/2020, o 12.º lugar, com 28 pontos, antes do cancelamento das provas, devido à pandemia da covid-19. Com a passagem para a Proliga, o Illiabum, vencedor da Taça de Portugal em 2017/2018, é o único clube da principal liga que desiste.

O presidente, Pedro Rosa Novo, argumentou a decisão com «a incerteza financeira do momento e a questão desportiva». «Andemos há dois anos a lutar para não descer. Não conseguimos aumentar o orçamento para inverter isso e, para o ano, vão descer cinco equipas. Juntando as duas coisas, entendemos que é mais útil para o clube voltar à Proliga, estruturar-se e regressar daqui a uns tempos», afirmou Rosa Novo, à Lusa.

O campeão da Proliga em 2015/2016 esperou pelo prazo limite para confirmar, em Comissão Administrativa, um «desfecho nada fácil», socorrendo-se de uma medida federativa excecional, associada aos efeitos da paragem motivada pela pandemia, para competir num nível abaixo, sem penalizações desportivas ou disciplinares. «Com o atual plantel somos competitivos na Proliga, mas não na Liga. É óbvio que podíamos continuar na Liga e se calhar arriscávamos a descer. Um terço das equipas será despromovida na próxima época, uma brutalidade», defendeu Novo.

Já a Ovarense, que ocupava o 10.º lugar, com 31 pontos, reduziu o orçamento, mas mantém-se entre a elite. «Reduzimos drasticamente o orçamento e fizemos um esforço grande para reduzir os custos operacionais e logísticos, porque as condições atuais obrigam. Ponderámos as duas situações e, fazendo as contas, participar na I Liga tem um custo elevado, mas também retorno. Não é por estarmos lá há 42 anos que nos devemos manter, mas achamos que temos condições financeiras e desportivas para competir na Liga. Um orçamento mais baixo não é, necessariamente, uma equipa pior ou menos competitiva», argumentou o presidente dos vareiros, Rui Palavra.

Por outro lado, em Assembleia Geral, «com esmagadora maioria», a Ovarense aprovou, além da permanência da equipa masculina, a descida da feminina ao segundo escalão.

A FPB anulou as competições de basquetebol a 29 de abril, sem títulos atribuídos e com as subidas de Imortal à Liga masculina e do Galitos à Liga feminina.

A próxima época da Liga masculina vai ter 14 clubes, 12 deles transitam da última época: Sporting, Benfica, FC Porto, Oliveirense, V. Guimarães, Galitos, CAB Madeira, Esgueira, Lusitânia, Ovarense, Barreirense e Maia. Junta-se o promovido Imortal, que garantiu a subida antes da paragem e rende o despromovido Terceira Basket. A última vaga é decidida em setembro, num play-off entre o CD Póvoa, o Ginásio Olhanense e a Académica, respetivamente segundo, terceiro e quarto classificados da Proliga à data da suspensão. O trio tem até 30 de junho para inscrever-se na prova de acesso.

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