Liga dos Campeões escapa por entre as mãos de Patrício: Marítimo-Sporting, 2-1 (MINUTO 90+2)
Tempo de compensação no Funchal e em Lisboa. Na capital, o Benfica está a vencer o Moreirense por 1-0, enquanto o Sporting estava empatado (1-1) com o Marítimo e virtualmente no 3.º lugar do campeonato, fora do acesso à Liga dos Campeões.
À equipa de Jorge Jesus bastava conseguir um resultado semelhante ao do rival da Segunda Circular para segurar a vice-liderança da Liga, mas nem esteve perto disso. No segundo de cinco minutos de compensação, os leões tentavam o golo que lhes permitia voltar a ficar por cima do Benfica, quando o chão abriu por completo. O arménio Ghazaryan recebeu na esquerda e deixou para trás Gelson, Coates e William antes de atirar frouxo na direção da baliza de Patrício. A abordagem do guarda-redes do Sporting a um remate que, teoricamente, seria inofensivo foi deficiente e a bola acabou mesmo por entrar, dando a vitória aos insulares.
A onda de contestação aos jogadores leoninos cresceu e os episódios multiplicaram-se pelo resto do dia: no relvado, à saída do estádio no Aeroporto Cristiano Ronaldo e à chegada ao Estádio José Alvalade. Rui Patrício foi um dos alvos principais e evitou agradecer o apoio dos adeptos junto a um dos topos dos Barreiros.
Logo após o jogo, na flash interview da Sport TV, Bruno Fernandes saiu em defesa do capitão, tantas vezes figura central em tardes e noites de glória. «Este ano o Rui Patrício salvou-nos montes de vezes. Um erro, por mais que seja no final da época, não vai manchar a imagem do Rui. Fez grandes coisas na seleção e no Sporting. Não foi pelo erro dele que perdemos o jogo: obviamente que teve impacto, mas cometemos mais erros», disse o criativo dos leões.
Não há, no entanto, como negá-lo: a derrota do Sporting está umbilicalmente ligada ao erro de Rui Patrício, mas a justificação para o afastamento da equipa de Jesus da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões vai para lá da derrota na Madeira: é que o empate, que se verificava antes do golo de Ghazaryan já com o tempo a esgotar-se, também era um resultado curto. Foi, no fundo, a confirmação de um desastre pré-anunciado.