Contratado no início desta época pelo Moreirense, o guarda-redes brasileiro Mateus Pasinato tem acompanhado à distância a evolução da pandemia de Covid-19 no país natal.
Numa videoconferência, o guardião da equipa minhota assumiu não se rever em algumas tomadas de posição pública do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. «Acho que o presidente tem sido infeliz em alguma declarações, apesar de já ter feito muita coisa boa. Mas certas coisas não precisam de ser faladas», afirmou, confiante ainda assim que o país vai superar a pandemia.
«Tenho acompanhado de longe, mas a situação no Brasil não está, de momento, tão acentuada como em alguns lugares da Europa. Claro que se não houve um combate preventivo, isso pode tornar-se gigantesco. (...) Mas acredito que a população brasileira tem de se manter consciente como em Portugal, que é um país referência no combate à Covid-19. Tem de seguir o exemplo e esperemos que o Brasil e todo o Mundo possa sair disto o mais rapidamente possível», destacou.
Mateus Pasinato aguarda em casa, juntamente com a mulher e os dois filhos (um deles recém-nascido), por uma evolução positiva das condições de segurança para voltar a fazer aquilo de que mais gosta: voltar a jogar futebol. «A ansiedade é cada vez maior. É difícil estar longe do relvado, dos treinos e da malta. O máximo que temos é um mês de férias e agora já vai para um mês e meio», referiu, antevendo dificuldades sobretudo para os guarda-redes no regresso aos trabalhos. «Porquê? Não é apenas a parte física e tática. O guarda-redes tem de estar em contacto com a bola e o relvado. Mas temos de nos adaptar.»