Moto de Rossi deixou carta de despedida: «Dei-te tudo, como tu a mim» - TVI

Moto de Rossi deixou carta de despedida: «Dei-te tudo, como tu a mim»

Valentino Rossi saudado após o GP de Valência (Alberto Saiz/AP)

M1 da Yamaha recordou os momentos mais marcantes na carreira de «Il Dottore»

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A M1 da Yamaha, a eterna companheira de Valentino Rossi, partilhou este domingo nas redes sociais uma emocionante carta de despedida dirigida ao carismático piloto italiano que deixou o seu nome bem vincado na história do MotoGP depois da conquista de nove Mundiais (quatro deles com a Yamaha), com um total de 89 vitórias em 372 Grandes Prémios disputados.

Il Dottore, como também era conhecido, realizou este domingo a última corrida da carreira, em Valência, colocando agora, aos 42 anos, um ponto final na brilhante e acidentada carreira.

Uma carta que começa por recordar o primeiro encontro, entra a moto e o piloto, a 24 de janeiro de 2004, e que depois percorre os altos e baixos da impressionante carreira de Valentino Rossi.

Ora veja:

«Lembro-me do sábado, 24 de janeiro de 2004, como se fosse ontem. O nosso primeiro encontro na Malásia.

Estava à espera de alguém como tu há tanto tempo.

Eu estava nervosa, mas foi amor à primeira vista para nós os dois.

Soube instantaneamente que a nossa relação ia ser verdadeiramente especial.

Tivemos inegavelmente aquela chama que só acontece uma vez na vida e todas as peças do puzzle juntaram-se

Nunca esquecerei como parámos na relva de Welkom em 2004.

Só os dois, percebendo que tu e eu era o mais certo - e foi apenas o princípio.

Ganhámos quatro títulos de MotoGP e 56 corridas juntos.

Levámos alegria a milhões de pessoas em todo o Mundo, criando memórias para pelo menos uma vida.

Fizemos história porque trabalhámos como um só e tirámos o melhor um do outro.

Tu tornaste-me mais forte outra vez.

Tu fizeste com que eu fosse respeitada outra vez.

Tu fizeste-me ser amada outra vez.

Apenas tu, Valentino, tinhas o poder para fazer isso.

E eu confiei completamente em ti.

Apoiei-te incondicionalmente.

Lutei todas as tuas batalhas contigo.

Só eu fiz com que o motociclismo fosse empolgante para ti até ao último instante.

Desde o teu primeiro beijo na relva em Welkom até à nossa última dança em Valência este ano, vivemos tantas aventuras extraordinárias.

E ainda houve as nossas viagens especiais até Laguna Seca em 2008 e Catalunha em 2009.

Ninguém fazia as coisas como nós naqueles dias, não é verdade?

Assen, também em 2009, quando te ajudei a ganhar a tua 100.ª corrida.

Foi mágico!

Eu carreguei-te durante 16 anos da tua incrível carreira.

Mas tu carregaste-me também no teu coração.

De Mugello a Motegi, de Silverstone a Sepang e de Barcelona a Buriram, estivemos sempre lá um para o outro.

Dei-te tudo, como tu a mim.

Uma coisa que nunca esquecerei são as tuas conversas na grelha.

Era eu e tu contra o Mundo.

Tu e eu éramos 'corre ou morre'.

Mas infelizmente até a mais bonita história de amor acaba.

Valentino, fazes parte de mim.

Parte da minha história.

Parte de quem sou hoje e de quem serei depois de nos separarmos.

A nossa ligação é verdadeiramente especial, e vou ter saudades tuas, mais do que possas imaginar.

Grazie, Valentino.

Com amor,

A tua M1»

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