Melhores alcunhas da F1 incluem um «gorila de Monza» - TVI

Melhores alcunhas da F1 incluem um «gorila de Monza»

  • Autoportal
  • 29 jan 2017, 17:18
Niki Lauda e James Hunt

De Fangio a Lauda, de Hunt a Rosberg, os cognomes para a história

Uma das alcunhas da Fórmula 1 é o Grande Circo. E o objetivo desta designação é elevar a riqueza deste desporto, tanto na espetacularidade da competição como na exuberância de um mundo acessível a muito poucos e consensualmente tido como de sonho para os tantos (e tantos) outros.

Mas este Grande Circo também sabe estar num outro lado do(s) significado(s) atribuído(s) às palavras em questão: o lado pejorativo da designação. A Fórmula 1 também se sabe divertir como ela mesma e fazer algumas palhaçadas.

É o que se pode ver no extenso rol de alcunhas que muitos pilotos receberam dentro do seu desporto pelos seus pares e companheiros de trabalho. Muitas delas são plenas de humor, outras vincam as características quer de personalidade quer, mesmo, físicas; umas mais outras menos conhecidas.

Umas são mais outras são menos acertadas – a subjetividade é aqui inevitável –, mas, ao longo dos anos, grandes campeões e outros bem mais desconhecidos têm sido vítimas de uma atitude tão caraterística das pessoas. Desde sempre. E, na classe rainha do desporto motorizado não é diferente; como o trabalho de revisitação das alcunhas dos pilotos feita pelo site da Fórmula 1 cujas algumas aqui reproduzimos.

Entre parêntesis estão os anos de atividade de cada piloto no Grande Circo. A alcunha é reproduzida no original quando a tradução só pode ser feita de forma aproximada e não literal.

Giuseppe Farina (1950-57): «O cavalheiro de Turim»

Agressivo e até destemido em pista, o primeiro campeão do mundo da F1 era um homem letrado com alta formação académica, um versátil desportista e tinha uma reconhecida distinção no trato fora de pista.

Juan Manuel Fangio (1950-51 e 1953-58): «Maestro»

Mais palavras para quê?

José Froilán González (1950-57 e 1960): «O touro das Pampas»

Primeiro piloto a dar uma vitória à Ferrari, o argentino já era conhecido por «Cabeçudo» no seu país. Com o triunfo além-fronteiras chegou também o epíteto internacional com origem em Inglaterra. O porte teve responsabilidade na alcunha, mas também a sua atitude ao volante teve.

Maurice Trintignant (1950-64): »Le Petoulêt»

«Pétoule» significa em francês excremento. Trintignant ficou com o Bugatti parado devido a excrementos de ratazanas que entupiram o sistema de combustível e abandonou a corrida. Tire as suas conclusões.

Jack Brabham (1955-70): «Black Jack»

O nome do jogo de casino vem logo à cabeça pelo jogo de palavras. Mas o significado do «black» («negro») tanto caracteriza o cabelo como a tendência para estar em silêncio.

Graham Hill (1958-75): «Sr. Mónaco»

Venceu em Monte Carlo cinco vezes entre 1963 e 1969 com mais dois pódios nos outros dois anos desse período.

Denny Hulme (1965-74): «O urso»

O neozelandês começou por ser apelidado pelos seus como «o rapaz descalço de Te Puke» («the barefoot boy from Te Puke») precisamente por conduzir sem sapatos. Ficou «o urso» («the bear», que se pronuncia em inglês de forma semelhante como em «barefoot») por ser arisco e irascível.

Niki Lauda (1971-79 e 1982-85): «A ratazana»

Os incisivos protuberantes no maxilar superior não lhe deixaram opções numa futura reincarnação animal.

James Hunt (1973-79): «Hunt the Shunt»

De difícil tradução, pois serve de jogo de palavras que rima no inglês original, será qualquer coisa como «Hunt, o desviante» devido à quantidade de carros que o inglês destruiu no início da carreira.

Vittorio Brambilla (1974-80): «The Monza Gorilla»

Teve três razões incontornáveis: a rima em inglês, a agressividade ao volante e o seu porte físico. «O seu aperto de mão é esmagador», disse uma vez Sid Watkins, antigo médico da Fórmula 1, a respeito do «gorila de Monza».

Andrea De Cesaris (1980-94): «Andrea De Crasheris»

Jogo de palavras no inglês original. «Crash» significa «acidente».

Alain Prost (1980-91 e 1993): «O Professor»

A forma cerebral como conduzia o carro, as corridas e os campeonatos sobrepôs-se a tudo.

Giovanni Lavaggi (1995-96): Johnny Carwash»

Aristocrata italiano endinheirado, comprou o lugar em dez grandes prémios (mas só fez sete). A alcunha que lhe deram em inglês foi «Joãozinho lava carros».

Kimi Raikkonen (2001-): «O homem de gelo»

A única dúvida é se é mais frio em pista ou fora dela. O cognome vem desde a McLaren com Ron Dennis.

Nico Rosberg (2006-2016): «Britney»

Disse «Spears»? Acertou. A alcunha não pegou, mas Mark Webber bem tentou. Na mesma equipa, a Williams, os dois chocaram; os dois arrancaram para a mesma box para ter o carro arranjado um primeiro do que o outro. Rosberg bateu. Webber informou a box via radio: «A Britney está no muro.»

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