*Enviado-especial ao Brasil
O Maisfutebol está em Salvador desde quinta-feira e, na verdade, as temperaturas à hora do jogo têm sido sempre elevadas. A chuva vem, vai e o tempo fica abafado e com um intenso nível de humidade.
«Fazer jogos há uma da tarde. Isso é que é prejuízo», comentou o selecionador nacional, quando questionado com o facto de a seleção portuguesa ter sido das últimas a chegar ao Brasil e poder sentir dificuldades de adaptação.
«Já se devia ter aprendido», insistiu. «Já nos EUA (em 1994) tinham jogado às duas da tarde, com temperaturas muito elevadas. Isso é mau para os jogadores e até para os adeptos. Não é forma de proteger o futebol», completou.
Sobre o jogo em si, Paulo Bento recordou que Portugal «fez um bom jogo com a Alemanha» no Euro 2008 e que «naquele momento o resultado não foi justo».
«Amanhã será outro jogo. Mesmo mantendo a estabilidade no próprio onze, haverá estratégias diferentes», considera.
O técnico admitiu que, pese algumas exceções, Portugal tem estado melhor nos Europeus do que nos Mundiais e quer mudar, por isso, esse registo. «Temos de ir passo a passo, sabendo que o nosso objetivo é passar a primeira fase e depois tentar competir com os adversários que surgirem», frisou.
Por fim, Paulo Bento não quis comentar o tema das arbitragens neste Mundial, dizendo que em dez anos de carreira só por uma vez falou do árbitro antes do jogo. E evitou, também, comparar o jogo de Portugal com a primeira amostra que o Arena Fonte Nova viu neste Mundial: nada menos que o Espanha-Holanda.
«É difícil comparar dois jogos, ainda para mais quando um deles ainda não se realizou. São equipas diferentes, com estratégias diferentes. É difícil comparar. O que esperamos é poder realizar um bom jogo, competir bem e conseguir por em prática o que preparámos», rematou.