Mundial, balanço do dia 13: o primeiro nulo, o golo 100 e a Argentina a festejar - TVI

Mundial, balanço do dia 13: o primeiro nulo, o golo 100 e a Argentina a festejar

Nigéria-Argentina

A albiceleste fez valer a lógica e acompanha a Croácia cruzando com os «amigos» França e Dinamarca, responsáveis pelo primeiro 0-0 da competição

O dia 13 do Mundial começou com azar. O azar de se assistir ao primeiro nulo da competição, no aborrecido Dinamarca-França.

Ambas as equipas assobiaram para o lado na hora de procurar a vitória, deixaram o nulo arrastar-se até ao final do jogo e foram brindados com assobiadelas monumentais de quem pagou para ver futebol e acabou a assistir a um pacto de não agressão com bola.

No final das contas, apuraram-se as duas equipas – França em primeiro e Dinamarca em segundo - e inscreveram os seus nomes na história deste mundial. Não pelos melhores motivos, claro.

A lição às duas equipas que jogaram em Moscovo chegou de Sochi, onde o já eliminado Peru valorizou o que de mais importante tem o futebol – a emoção – e venceu uma Austrália que ainda sonhava com a passagem aos oitavos de final.

Depois de uma ausência de 36 anos de Mundiais e de 40 sem vitórias em fases finais, o Peru viveu todas as emoções, num jogo que já só contava para o orgulho de uma nação. Orgulho esse que correu em forma de lágrimas quando Carrillo inaugurou o marcador com um golaço após assistência de Guerrero; voltaram a escorrer nas faces peruanas quando o próprio Guerrero marcou logo no início da segunda parte; e que depois se soltaram na emotiva festa final que se estendeu do relvado às bancadas após o apito final.

Indiferente a tudo isso – e aparentemente também ao facto de precisar de ganhar para sonhar com o apuramento – a Austrália foi demasiado curta para contrariar a avalanche sentimental do Peru e volta para casa com duas derrotas, um empate e o último lugar do grupo na bagagem.

Onde também não faltou emoção foi no Nigéria-Argentina, que começou com Messi a surgir quando a sua seleção mais precisava dele, marcando o golo 100 da competição, que abriu caminho ao apuramento da Argentina.

A Nigéria dificultou muito a vida à albiceleste marcou numa grande penalidade muito contestada pelos argentinos, mas teve um improvável Rojo a marcar o golo que apura a equipa de Jorge Sampaoli para a próxima fase e que fez a argentina rebentar como uma garrafa de coca-cola agitada.

Também nos argentinos - jogadores e adeptos - houve lágrimas de um misto de alegria com alívio, num jogo em que Maradona voltou a dar espetáculo nas bancadas, antes, durante e no fim do jogo, também ele festejando de forma emocionada a vitória argentina.

No outro grupo que se decidiu nesta terça-feira, a Cróacia voltou a confirmar o grande Mundial que está a fazer, mesmo em gestão, com nove alterações na equipa titular, venceu a Islândia que ainda aspirava aos oitavos, e segue imaculada para próxima fase, onde vai defrontar a Dinamarca.

A emoção ficou guardada para a segunda parte, quando surgiram os golos, primeiro para a Croácia, por Badelj, Sigurdson voltou a dar esperança à Islândia na conversão de uma grande penalidade, mas Perisic resolveu a favor da Croácia em cima do minuto 90.

FIGURA DO DIA: Marcos Rojo. Só por este, já fica dito muita coisa sobre o apuramento da Argentina para a próxima fase. Sofrido, sofrido. E arrancado numa fase em que o jogador que começou a central já era presença mais assídua junto à área da Nigéria do que à da Argentina. O golo marcado de pé direito pelo ex-Sporting, aos 86 minutos serviu para soltar a pressão que toda a Argentina acumulou ao longo de uma fase de grupo em que o cenário chegou a estar muito complicado. 

FRASE DO DIA:  «Se Messi não tem a bola, a Argentina sofre». A frase é de Jorge Sampaoli que, co o todos os argentinos, sofreu intensamente até ao golo de Rojo que abriu caminho para os oitavos de final, já depois da Nigéria ter anulado o primeiro golo de Messim por sinal o golo 100 na competição.

IMAGEM DO DIA: 36 anos depois, o Peru voltou a marcar um golo num Mundial. André La Culebra Carrillo mordeu os lábios e marcou um golaço que permitiu ao país soltar o grito que estava preso há demasiado tempo para quem vive o futebol de forma tão emotiva.  

 

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