O fim de semana de jornada europeia de qualificação para o Mundial de 2018 e algumas seleções deram mais um passo rumo à Rússia.
Comecemos pelo princípio. E no início de tudo está Portugal, que na sexta-feira conseguiu uma importante vitória na Letónia (0-3), que lhe dá o conforto de ter o segundo lugar do Grupo B seguro por 8 pontos (15 contra 7 da Hungria) quando faltam disputar 12 (quatro jogos).
O problema é que o segundo lugar não garante acesso ao Mundial e para lamento luso, a Suíça, que tem tido uma prestação pendular como um relógio: foi vencer às Ilhas Faroé (0-2), leva por vitórias os seis jogos disputados e comanda o grupo com três pontos de vantagem sobre a equipa das quinas, que, se não vacilar até lá, poderá até tentar o assalto à liderança na receção aos helvéticos na última jornada.
A outra seleção 100 por cento vitoriosa na qualificação europeia é a vizinha Alemanha, que comanda o Grupo C com 18 pontos, cinco de vantagem sobre a Irlanda do Norte, seu perseguidor mais direto.
Apesar de apresentar uma seleção de segundas linhas, bem próxima daquela que apresentarão na Taça das Confederações (onde também estará Portugal), a Mannschaft aplicou a goleada da jornada: 7-0 na receção a San Marino.
A equipa de Joachim Löw fez jus à condição de campeões do mundo, tal como o seu antecessor no cetro mundial, diga-se. A Espanha do comandante Julen Lopetegui conseguiu uma vitória a ferros na Macedónia (1-2) e leva 59 jogos de apuramento para o Mundial sem perder.
La Roja lidera o Grupo G com 16 pontos, tantos quantos a Itália, que cumpriu expetativas ao golear o Liechtenstein (5-0).
Com apenas o primeiro lugar a garantir a vaga direta, tudo pode resolver-se num escaldante Espanha-Itália, a 2 de setembro.
Aproveitando a metáfora para o calor, esqueçamo-nos do habitual frio nórdico para sublinhar que bem quente foi a receção da Suécia à França, que terminou com os escandinavos a vencerem por 2-1 com um golo nos descontos de Toivonen, após um erro crasso de Lloris, que vale a liderança repartida do Grupo A às duas seleções: ambas têm 13 pontos, mas têm no encalço Holanda (10) e Bulgária (9) naquele que é talvez o «grupo da morte» desta fase de qualificação.
O Suécia-França ser o jogo da jornada se não tivesse havido o Escócia-Inglaterra que, para lá da rivalidade histórica, teve um final de loucos: um empate a duas bolas, com os escoceses a virarem o marcador com dois livres de Leigh Griffiths, antes de Harry Kane repor a igualdade num dos últimos lances da partida.
O resultado lisonjeiro para os ingleses permite-lhes comandar o Grupo F, com 14 pontos, à frente de Eslováquia (12) e Eslovénia (11).
Polónia (E) e Bélgica (H) estão bem encaminhadas para garantirem o apuramento e com quatro jogos por disputar são líderes destacadas dos respetivos grupos com 16 pontos. Enquanto nos Grupos D e I o comando é repartido, respetivamente, por Sérvia e Irlanda (12 pontos) e Croácia e Islândia (13 pontos), que se defrontaram em Reykjavík, com a seleção da casa a conseguir um importante triunfo no último minuto.