Grizzly Bear apresentam «Veckatimest» no  Coliseu (reportagem + fotos + video) - TVI

Grizzly Bear apresentam «Veckatimest» no Coliseu (reportagem + fotos + video)

Banda já tem outra data agendada para voltar a Portugal

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Depois de todo o interesse que se gerou à volta dos Grizzly Bear e inclusivamente depois de um anúncio de publicidade a uma marca de automóveis colocar a faixa «Two Weeks» nos ouvidos de todos, a banda veio demonstrar em Lisboa que tudo isto não foi por acaso.

Na estreia em Portugal, o grupo apresentou «Veckatimest» e toda a dimensão que os seus temas ganham no palco. Os limites não são reais para os seus elementos e cada tema que se ouviu no Coliseu dos Recreios tornou-se maior que si mesmo.

Vídeo:



As canções pareciam divididas em momentos diferentes, em partes variadas, mas que sempre iam ao encontro de um final feliz. Muitas engrandecidas com a noção que os membros deste grupo têm da capacidade vocal, bem presente fora do estúdio, e do quão com isso pode ganhar uma música.

Nos intervalos entre canções juntaram-se as sempre queridas referências ao país para o público português. A ligação foi feita à entrada de «Two Weeks», tema que a banda dedicou ao seu condutor português. Um tal Nuno que gerou euforia mas não tanta como quando anunciaram presença marcada num próximo festival de Verão.

O dito nome foi ainda assim repetido severas vezes num espaço cheio, onde se encontravam pessoas entusiastas que não resistiram mais à vontade de estar em pé a dançar (a sala tinha cadeiras na plateia) assim que se soltou a referida «Two Weeks».

Algo incentivado pelos Grizzly Bear, que apresentaram as músicas numa dinâmica partilhada que os torna numa máquina de som em palco - cheia de singularidade e colectividade. Ou seja, os temas muitas vezes demonstravam pormenores produzidos por um elemento, acabando estes interessantes na interligação das partes.

Não só apenas nas músicas mais recentes como «Southern Point» mas também nas antigas que juntaram à lista como «Knife» do anterior registo «Yellow House». Aí existe uma nota particular daquelas que produzem a feição do público.

Traduzindo-se por palavras, foi após terminar esta última que expressaram a vontade de voltar a Portugal a cada 5 meses. Falando de canções, «All We Ask» foi outro exemplo de como a banda concede aos fãs a constante criatividade.

Fotos:



Trazida em encore e em modo acústico reuniu os membros à guitarra, dando espaço para potenciarem os coros que completaram ainda outros temas. Nas suas vozes encontram instrumentos que unem em harmonia regularmente.

Na dita versão acústica, apresentada depois de toda a plateia negar um final de concerto com fortes aplausos, notou-se mais esta capacidade vocal, devido à roupagem despida mas bem concebida.

Para trás ficaram outras canções como é o caso de «While You Wait For the Others» ou a «Deep Blue See». Todas de grande extensão e intensidade que foi também ajudada pelo cenário simples composto com cruzes de madeira em que se avistavam várias lâmpadas penduradas.

A memória desta banda ficou assim fortalecida, com o concerto que faz do álbum uma simples passagem para quem a quer realmente conhecer. Quem ainda tiver essa vontade, poderá fazê-lo já no próximo Verão no âmbito do festival Super Bock Super Rock.

Antes do concerto foi Cibelle que recebeu as primeiras pessoas do público. «Las Vênus Resort Palace Hotel» é o título do trabalho com que se muniu, num cenário bem diferente da banda americana.

Não dada a coisas simples, surgiu num cabaret misterioso, de panos caídos, brilhos e em que se ouviam sons de animais.

Numa relação entre dois lados - rocker e o exótico - deu a conhecer a estrutura rítmica minimal de alguns dos seus temas em que voz meio desafinada participou.
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