Jason Mraz e uma noite cheia de vibrações positivas (fotos) - TVI

Jason Mraz e uma noite cheia de vibrações positivas (fotos)

  • Redação
  • João Guilherme Oliveira
  • 20 mar 2009, 12:35

Cantor encantou no Campo Pequeno com uma postura descontraída e humilde

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A noite estava quente, como que adivinhar a noite que estava prestes a começar no Campo Pequeno, em Lisboa. À saída do metro, centenas de pessoas, a maior parte delas não tinham mais de 20 anos, conversavam, à espera que as portas abrissem.

A começar a noite, às 20h30 em ponto, com uma pontualidade característica, os britânicos Two Spot Gobi sobem ao palco para apresentar o EP «Other Side Of The World».

Bem recebida pelo público, que ansiava pelo momento em que Jason Mraz pissasse o palco, a banda britânica cantou «Other Side Of The World», «Sunshine Lady», «Innocent» e «Let`s Get Lost», mas foi com «Try Again» e «No More» que conseguiu entusiasmar o público e arrancar grandes aplausos.

Ao fim de meia hora, Two Spot Gobi saem do palco, aclamados por um Campo Pequeno esgotado, depois de uma actuação enérgica.

No ar sentia-se muita alegria, muita energia e boas vibrações, como viria a dizer Jason Mraz.

Marit Larsen, cantora pop norueguesa, foi acolhida no palco por um público que chamava por Jason Mraz, sempre ele. Com um pequeno «set acústico» no meio do palco, como lhe chamou, Larsen cantou «You`ll Be Gone», «Solid Ground» e «Don`t Save Me», numa actuação um pouco apagada, a quebrar o ritmo e o espírito que Two Spot Gobi haviam deixado.

Se tivesse actuado antes de Two Spot Gobi, a noite tinha ganho muito mais e o público também. Antes de abandonar o palco, Marit Larsen juntou-se ao público para chamar por Jason Mraz.

O público não parava de chamar pelo homem da noite.

22h30. As luzes apagam-se, o público fica eufórico com os primeiros acordes e eis que entra Jason Mraz. A abrir, o último single do cantor, «Make It Mine», cantado em uníssono pelo público.

Seguiu-se «The Remedy (I Won`t Worry)», com o cantor sempre na sua pose descontraída, tão característica, com o já habitual chapéu e viola nos braços. Entre músicas, ia ensaiando pequenos passos de dança, para deleite dos milhares fãs que encheram o Campo Pequeno.

«Unfold» e «If It Kills Me» foram bastante aplaudidas. Mraz dedicou esta última música a todos os que tinham ido ao concerto com o melhor amigo ou amiga, apenas porque estavam apaixonados por essa pessoa.

Marit Larsen voltou ao palco para cantar «Lucky», em dueto com Mraz, naquele que foi, ironicamente, o momento alto da actuação da cantora.

Seguiu-se um dos momentos mais bonitos da noite, protagonizado pelo público. Jason Mraz pediu a toda a gente que virasse o ecrã do telemóvel ou da máquina fotográfica para o palco, de modo a criar um imenso céu estrelado. No mínimo, indescritível.

«Bella Luna», «Live High» e «Only Human», entre-cortados por momentos inspiradores de solos de baixo, saxofone e guitarra, antecederam o clímax do concerto.

Jason Mraz, sempre a interagir com a multidão, ensinou uma coreografia que foi dançada por todo o Campo Pequeno na música «Good Job». E finalmente, a famosa e tão esperada «I`m Yours», cantada em plenos pulmões, a uma só voz, como apenas um público extasiado sabe e consegue fazer. Não foi como «Wonderwall», dos Oasis, a 15 de Fevereiro, no Pavilhão Atlântico, mas andou lá perto.

«Everything Is Gonna Be Alright» e «Beautiful Mess» acabaram a primeira parte do concerto, que deixou os fãs completamente rendidos a Jason Mraz. Mraz surpreendeu com uma voz de falsete, finalizando «Beatiful Mess» em tom de ópera.

Para o encore, Mraz guardou «No Stopping Us» e «Song For A Friend». Pelo meio, um despique com o saxofonista, em que cada um imitou o outro. Um com o saxofone, o outro com a voz, demonstrando os dotes musicais.

Ao fim de quase duas horas de concerto, Jason Mraz demorou a despedir-se do público, sempre com uma postura humilde, acima de tudo. Antes de abandonar o palco, tirou polaroids a todos os elementos da banda, lançando-as de seguida em direcção ao público.

Jason Mraz foi o protagonista de uma noite cheia de ritmo, sons quentes e boas vibrações. Tal como ele disse, algures a meio do concerto, «it feels just like home».
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