«República Paredes»: homenagem a Carlos Paredes junta músicos do jazz ao rock - TVI

«República Paredes»: homenagem a Carlos Paredes junta músicos do jazz ao rock

Carlos Paredes

Coimbra é o palco desta iniciativa que se realiza no dia 30 às 21:30 no Teatro Académico Gil Vicente

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«República Paredes» junta músicos do jazz, do rock e da canção coimbrã no dia 30 no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, para recriar o repertório do guitarrista Carlos Paredes (1925-2004).

Segundo a agência Lusa, o projecto realiza-se pela segunda vez com a participação dos músicos Ricardo Dias, Pedro Lopes e Bruno Costa, nas guitarradas coimbrãs, Paulo Figueiredo, Quiné, Paulo Salgado e Luís Oliveira, no jazz, e os Belle Chase Hotel, no rock.

«É importante reavivar a memória do extraordinário Carlos Paredes, e renovar o seu repertório através de um trabalho inovador, despertando o interesse pela guitarra de Coimbra que é diferente da de Lisboa na conceção e afinação», disse à Lusa Lourenço Leitão, da Metaformações.

O responsável referiu que «os jovens têm hoje uma abordagem diferente da vida, logo parece haver alguma dificuldade em chegar a Paredes».

O espectáculo, que se realiza no dia 30 às 21:30 no Teatro Académico Gil Vicente, será gravado «não para fins comerciais mas para memória futura e para um dia poder ser visionado num espaço dedicado a Paredes e à música de Coimbra», revelou.

«Das guitarradas ao rock passando pelo jazz, com artistas que já trabalharam o repertório de Carlos Paredes sem o melindrar, os músicos conferirão através das suas novas abordagens um toque único e atual ao reportório original do grande Carlos Paredes», referiu Lourenço Leitão.

Carlos Paredes morreu em 2004, em Lisboa, após prolongada doença e foi um dos mais reconhecidos guitarristas solistas portugueses.

Bisneto, neto e filho de guitarristas de Coimbra, manteve-se fiel à tradição familiar e continuou o estilo coimbrão, tocando a guitarra de Coimbra. Tendo maioritariamente vivido em Lisboa, a cidade inspirou muitas das suas composições, entre as quais uma das conhecidas é o instrumental «Verdes anos» do filme homónimo de Paulo Rocha.

O seu primeiro disco foi editado em 1957. O músico percorreu os vários palcos europeus, tendo em meados da década de 1990 deixado de tocar devido à doença que afetava o sistema nervoso central.

A sua obra completa encontra-se editada numa caixa contendo oito CD, intitulada «O Mundo segundo Carlos Paredes».

A Câmara de Vila Franca de Xira criou um prémio com o seu nome que visa anualmente distinguir o melhor álbum de música instrumental portuguesa.

A primeira edição de «República Paredes» realizou-se a 5 de Outubro de 2007 no Estádio Cidade de Coimbra com a apresentação da ex-deputada comunista Odete Santos, e a participação de Ricardo Dias (guitarra de Coimbra), Pedro Lopes e Pedro Jóia (guitarra clássica), Belle Chase Hotel, Coro Alma de Coimbra, Paulo Figueiredo (piano), Paulo Salgado (saxofone), Luís Oliveira (contrabaixo), Quiné (bateria), e João Farinha (voz).
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