Mark Lanegan «assombrou» Lisboa - TVI

Mark Lanegan «assombrou» Lisboa

Mark Lanegan - foto site oficial (créditos de Steve Gullick)

Cantor deu espetáculo no TMN ao Vivo e apresentou novo álbum aos portugueses

Relacionados
Mark Lanegan entrou descontraido para o palco da sala TMN ao Vivo, em Lisboa, no sábado, e logo se colocou na sua posição habitual atrás do microfone, com o olhar fixo no horizonte. A sua imagem de marca é de figura alta e destemida com as mãos no suporte do microfone. No concerto de Lisboa, Lanegan tocou temas clássicos da sua discografia e apresentou novas canções do recente álbum, «Blues Funeral».

O primeiro tema, o mais calmo, «When Your Number Isn't Up», deu o mote inicial e abriu o concerto para logo se seguir a trovejante «The Gravedigger's Song», o mais recente single do norte-americano. Aliás, foi precisamente nesse equilíbrio, entre canções mais calmas e outras mais rápidas, que Mark Lanegan encontrou o segredo para uma noite sombria, de rock 'n' roll e de vários sons fantasmagóricos.

Se «Hit the City» e «Wedding Dress» eram temas quase obrigatórios, as inspiradoras «One Way Street» e «Ressurection Song» foram mostrando a Lanegan que o público estava a gostar do que ouvia e que conhecia canções mais antigas da sua discografia.

O TMN ao Vivo esteve muito bem composto de público e esta acabou por ser a sala perfeita para receber Mark Lanegan, já que a proximidade com a plateia e o ambiente mais intimista favoreceu o tipo de música do senhor que já tocou com os Queens of the Stone Age e que liderou os Screaming Trees.

Ao fim de meia-hora de concerto, o público já se ia soltando mais e «One Hundred Days» captou a atenção de uma audiência que aplaudiu efusivamente a eletrizante «Riot in My House» ou a pujante «Ode to Sad Disco».

O guitarrista de Lanegan, sempre com a cara escondida pela sombra das luzes que com precisão não lhe incidiam no rosto, apresentou riffs e solos cortantes que contracenaram de algum modo com a serenidade do vocalista. Baixo e bateria foram mantendo o ritmo na perfeição e coloriram ainda mais um ambiente pintado a azul, roxo e vermelho.

Seja ao som de blues, desert rock ou psicadelismo, Mark Lanegan cria empatia com o público ao tornar o ambiente sempre um pouco mais sombrio. A sua voz é chamativa e magnética, reforçando uma presença carismática em cima do palco.

O norte-americano já tem muita estrada e muita música criada, mas sem dúvida que o seu último álbum denuncia ser o favorito do público. De «Blues Funeral», editado em feveiro deste ano, Lanegan apresentou ainda os temas «Gray Goes Black», «Quiver Syndrome», «Harborview Hospital», «Leviathan» e «Tiny Grain of Truth».

A música «St. Louis Elegy» foi também uma das mais bem recebidas pelo público do TMN ao Vivo, que aplaudiu sempre que o silêncio tentava impor-se entre o fim de um tema e o início do seguinte. «Methamphetamine Blues» encerrou o concerto em grande ao arrancar mais aplausos e a deixar o público bastante eufórico.

Alinhamento do concerto:

1. When Your Number Isn't Up

2. The Gravedigger's Song

3. Sleep With Me

4. Hit the City

5. Wedding Dress

6. One Way Street

7. Resurrection Song

8. Wish You Well

9. Gray Goes Black

10. Crawlspace

11. Leviathan

12. Quiver Syndrome

13. One Hundred Days

14. Creeping Coastline of Lights

15. Riot In My House

16. Ode To Sad Disco

17. St. Louis Elegy

18. Tiny Grain of Truth

Encore:

19. Pendulum

20. Harborview Hospital

21. Methamphetamine Blues
Continue a ler esta notícia

Relacionados