Quem fizer downloads ilegais fica sem internet, defende Tozé Brito - TVI

Quem fizer downloads ilegais fica sem internet, defende Tozé Brito

Tozé Brito

Produtor apela à intervenção do Governo para salvar a indústria discográfica

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O produtor musical Tozé Brito considera necessário que o Governo faça um acordo com as operadoras de telecomunicações portuguesas para cortar o acesso à Internet a quem descarregue músicas ilegalmente, noticia a agência Lusa.

«Quando as pessoas ou as empresas compreenderem que o fornecedor de Internet lhes veda o uso, por causa de downloads ilegais, o fenómeno desaparecerá», vaticinou o produtor frisando que tal começa já a suceder na Irlanda, na França ou no Reino Unido.

Tozé Brito lembra que, «através do número de identificação do computador, as operadoras de telecomunicações sabem quem faz downloads ilegais, podendo, por isso, cortar-lhe o acesso à Internet e avisar as autoridades para que o computador seja apreendido».

«Quando isso começar a suceder as pessoas pensam duas ou três vezes antes de fazerem downloads ilegais», sublinhou antes de realçar que, embora a repressão judicial não seja o melhor caminho, «a prisão de meia dúzia de pessoas que agem ilegalmente, de forma sistemática, também teria efeitos positivos».

Tozé Brito defende que em Portugal existe legislação suficiente, mas considera que ela não se aplica por falta de fiscalização: «As leis existem, mas tal como sucedeu na anterior Lei da Rádio ninguém as cumpre», acentuou o produtor defendendo um eventual aumento das coimas para quem actue ilegalmente.

No espaço de seis ou sete anos, as vendas de discos e dvd, que atingiam os 100 milhões de euros por ano, caíram para metade. Tozé Brito considera que a indústria vai sobreviver mas, para isso, precisa que os poderes públicos cumpram a sua obrigação.

«Não se admite que haja quem disponibilize milhares de ficheiros de música a outros através de sites e software de partilha e nada lhe aconteça», insistiu.

Em sua opinião, além das medidas legais e de tipo repressivo, os jovens devem ser sensibilizados e alertados para o facto de que «roubar uma música é igual a roubar um carro».
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