As 10 figuras (e mais uma) incontornáveis no Dia do Jazz - TVI

As 10 figuras (e mais uma) incontornáveis no Dia do Jazz

De Miles Davis a Herbie Hancock, passando por Dizzy Gillespie, recordamos os músicos que marcaram um estilo musical que continua a atravessar gerações

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No Dia Internacional do Jazz, recordamos dez figuras incontornáveis que marcaram para sempre um estilo musical que continua a atravessar gerações.

Duke Ellington

Nascido no século XIX, em 1899, Duke é recordado por ter levado o jazz à categoria de «forma de arte», como já acontecia com a música clássica. Compositor e pianista de excelência, ficou também conhecido por ser um líder exímio da sua «big band», transformando-a numa verdadeira orquestra. Doze prémios Grammy, entre eles composições em bandas sonoras para o cinema, são prova do reconhecimento pela obra de um músico que foi agraciado, postumamente, com um Pulitzer.

Louis Armstrong

A sua voz era inconfundível e atravessou todas as barreiras geográficas e culturais com êxitos como «What a Wonderful World» numa América onde a segregação racial era uma realidade nos anos 1960. Armstrong também dominava o trompete como poucos, e o talento e carisma deste nativo de Nova Orleães colocam-no inevitavelmente em qualquer quadro de honra do jazz.

Billie Holiday

Com uma infância conturbada (violada aos 11 anos, forçada a prostituir-se aos 14), Billie distinguiu-se no mundo do jazz e da música pop através de canções como «God Bless The Child» e «Strange Fruit». Juntamente com a rival, e mais tarde amiga, Ella Fitzgerald, foi uma das principais vozes femininas do jazz da primeira metade do século XX.

Thelonious Monk

A forma muito pouco ortodoxa como Monk abordava (e atacava) o piano chocou os puristas nos anos '40, mas acabou por fazer dele um dos pioneiros do jazz de improviso. Como compositor, foi o segundo autor com mais canções gravadas, a seguir a Duke Ellington. «'Round Midnight» é um dos muitos standards assinados por Thelonious Monk.

Dizzy Gillespie

Foi um dos melhores trompetistas de todos os tempos, distinguindo-se pela técnica e capacidade de improviso, servindo de exemplo e inspiração para outra grande figura do trompete: Miles Davis. As bochechas de Dizzy Gillespie, inchadas de ar a níveis quase sobre-humanos, são uma das imagens de marca do jazz que perduram no tempo.

Ella Fitzgerald

A «Primeira-Dama da Canção» e a «Rainha do Jazz» são os títulos de uma intérprete com o dote natural para o jazz, e que dominou o cancioneiro da música pop tradicional norte-americana dos anos '50. Nos quase 60 anos de carreira, vendeu 70 milhões de discos e recebeu 13 Grammys.

Charlie Parker

Miles Davis disse um dia que a história do jazz podia resumir-se em apenas quatro palavras: «Louis Armstrong» e «Charlie Parker». Liderando ao som do seu saxofone, Parker foi um dos pioneiros do jazz bebop, um jazz de tempos mais acelerados e que dava destaque ao improviso e ao virtuosismo instrumental. Mas o vício nas drogas e álcool não permitiu que vivesse para além dos 34 anos.

Charles Mingus

Mestre do contrabaixo, Mingus foi também um líder de banda capaz de ser comparado a Duke Ellington, uma das suas grandes influências. O talento e espírito inovador igualavam o temperamento difícil de um músico que, por várias vezes, explodiu de raiva em palco.

Miles Davis

Trompetista e compositor, Miles Davis esteve na crista da onda de várias novas vagas de jazz contemporâneo, tornando-se num dos músicos mais conhecidos da segunda metade do século XX. Pioneiro a partir da década de 1950 para diante, Miles venceu nove Grammys, grande parte dos quais nos anos '80.

John Coltrane

Em vida, John Coltrane foi um dos mais brilhantes e prolíficos saxofonistas da sua geração, colaborando com outros génios do jazz como Miles Davis e Thelonious Monk. Após a sua morte em 1967, a Igreja Ortodoxa Africana canonizou-o e hoje em dia muitos são os devotos de São Coltrane.

Herbie Hancock

O 11º nome da lista - uma espécie de joker - é o de Herbie Hancock. Não só é um dos expoentes máximos do jazz ainda vivos, com 14 Grammys e um Óscar, como esteve também na base da criação deste Dia Internacional do Jazz.
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