Fado: destino de Cuca Roseta depois de passagens pelos Toranja, por uma banda de tributo a Rui Veloso e pelo tão falado anúncio televisivo do Pingo Doce, dando voz a uma das canções mais faladas de 2010.
«Os meus amigos não sabiam que era a minha voz, não faziam ideia. Porque a minha voz foi distorcida um tom acima do meu», contou a cantora ao IOL Música.
Embora ache que ouvir a própria voz «completamente histérica» é irritante, Cuca acredita que a missão dos criadores do anúncio foi cumprida: fazer a canção entrar no ouvido dos portugueses.
A estreia discográfica de Cuca acontece agora pela mão do argentino Gustavo Santaolalla, produtor de Juanes e dos Bajofondo e vencedor de dois Óscares pelas bandas sonoras dos filmes «O Segredo de Brokeback Mountain» e «Babel».
«O Gustavo vai distribuir-me em 132 países, vai tentar pôr-me no mercado da música pop. Ele trabalha com o Juanes, a Nelly Furtado, os Black Eyed Peas e os Orishas. E aí eu percebo que se vem tanta sorte assim é porque isto é o fado que me chama», afirmou a cantora.
Entre fados tradicionais e temas originais, o álbum conta com poemas de Amália Rodrigues, Rosa Lobato Faria e até da própria Cuca. Aos 29 anos, o fado faz decididamente parte da vida da cantora.
«O fado foi uma coisa que nunca me interessou, que eu não conhecia. Nós somos portugueses, mas não conhecemos a nossa própria música. E quando eu fico a conhecer esta música, há uma ligação e uma paixão que me faz pensar que eu quero cantar fado o resto da vida», explicou.
«O fado dá-me uma "pica" descomunal que o rock não me dá. O rock é chegar ali e cantar. No fado é preciso trazer as entranhas nas palavras.»
Cuca Roseta: «O fado dá-me uma pica descomunal»
- João Silva
- Luís Silva (vídeo)
- 6 abr 2011, 19:00
Cantora passou pelos Toranja e deu voz ao tão falado anúncio do Pingo Doce. Agora lança o disco de estreia pela mão de Gustavo Santaolalla
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