Filipe Pinto: o disco de estreia depois das «pernas a tremer» - TVI

Filipe Pinto: o disco de estreia depois das «pernas a tremer»

Vencedor do programa «Ídolos», em 2010, o jovem músico alcançou agora o segundo lugar do top de vendas com o álbum «Cerne»

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Conhecêmo-lo como o vencedor do programa «Ídolos» em 2010, mas o disco de estreia de Filipe Pinto, tão aguardado pelos fãs, só agora surgiu. Para trás ficam os seis meses na London Music School e quase dois anos de espera e preparação.

«Ao estarmos a assumir um disco temos de estar cientes daquilo que vamos mostrar ao público e eu não tinha essa estrutura ainda. Ainda não estava muito confiante. No fundo, tinha ainda "as pernas a tremer"», confessou o músico português em entrevista ao IOL Música.

«Precisei de um tempo, de uma certa calma, de uma certa paz, de uma envolvência mais solitária para começar a compor, para começar a escrever», explicou Filipe, assegurando que só gravou o disco na altura em que sentiu ser a certa.

São 12 as canções com letra e música assinadas por Filipe Pinto num primeiro álbum que cruza o mundo musical com a Natureza - tudo sob um título: «Cerne».

«Quando cortamos a árvore no tronco o lenho mais duro é o cerne. E metaforicamente falamos do "cerne da questão" - o núcleo, o âmago, a essência. No fundo, foram temas que eu reuni e que assimilei essas músicas nesse cerne», contou.

Licenciado em Engenharia Florestal, o cantor de 24 anos fez questão de levar a defesa do meio ambiente para o seu disco de estreia, assegurando que a caixa do CD era reciclável e biodegradável.

«Isso era uma ideia que eu queria transmitir, não só por palavreado, mas transmitir também a ideia de que fisicamente o material é reciclável e reutilizável. Obviamente que o disco não dava para ser em cartão, mas tentei ao máximo que a capa do disco seguisse essa linguagem.»

«Cerne» entrou diretamente para o segundo lugar do top de vendas, uma feliz surpresa para um músico que, apesar dos fãs que já tem, quer fugir ao rótulo de artista saído de um concurso televisivo.

«Eu acho que esse estigma vai existir sempre em algumas pessoas. Cabe-me a mim não ter esse estigma e não o tenho. E, se eu transmitir essa veracidade, acho que as pessoas, daquilo que vão acompanhando, vão percebendo que há mais do que isso, há mais do que um boneco televisivo», defendeu Filipe.

O primeiro grande concerto de apresentação do disco acontece já esta sexta-feira no Teatro Tivoli, em Lisboa, naquele que será um novo teste importante para Filipe Pinto.

O músico disse que, depois de ter ganho «o bichinho do estúdio», sente agora a «necessidade em mostrar os temas ao vivo». «É um outro estúdio, é uma sensação diferente, temos uma envolvência maior com as pessoas. E essa parte falta-me agora: de mostrar a música às pessoas e sentir a energia delas», rematou.
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