Keane regressam aos discos e aos palcos de alma e coração

A primeira edição do Cascais Music Festival arranca esta segunda-feira com os Keane. A banda inglesa está de volta a Portugal com mais um novo disco que, tal como os antecessores, alcançou o primeiro lugar na tabela de vendas no Reino Unido. Um feito que continua a surpreender os próprios Keane.

«Acho que se alguém nos tivesse dito que teríamos um álbum no primeiro lugar, há uns anos não acreditaríamos nisso. Por isso, termos cinco [discos que o alcançaram] é de loucos. É mesmo de loucos!», confessou o Richard Hughes em entrevista ao IOL Música.

Na era do download ilegal, os Keane dão ainda mais valor a cada disco vendido, mas preferem recorrer ao barómetro dos concertos com cada vez mais fãs.

«Os concertos estão cada vez maiores e as digressões também, portanto isso é óptimo. Pelos vistos [as pessoas que não pagam pelas nossas músicas] vêm aos nossos concertos, o que é muito bom, porque tocar ao vivo é algo que adoramos, fazemo-lo de forma muito apaixonada. Por isso é divertido estar de volta à estrada para dar alguns concertos», explicou o baterista.

O regresso aos palcos já se faz ao som das novas canções de «Strangeland», um álbum mais orgânico e mais próximo dos primeiros registos dos Keane.

«Há muito mais piano neste disco do que havia no último. (...) Neste disco fomos para a sala de ensaios e tocámos o álbum todos juntos durante cerca de seis meses antes de começarmos a gravá-lo», recordou.

«Acho que tem mesmo o som do Tim no piano, eu na bateria, o Jesse no baixo e do Tom a cantar - esse é o verdadeiro coração deste disco», sintetizou Richard.

O músico de 36 anos acrescentou que em «Strangeland» a banda quis assegurar-se que «a música não se intrometia na alma e no coração das canções».

«Espero que o disco siga diretamente dos nossos corações de compositores até aos corações dos ouvintes.»

A prova de fogo em Portugal acontece esta segunda-feira no Hipódromo de Cascais.