Britney Spears sem chama no Pavilhão Atlântico - TVI

Britney Spears sem chama no Pavilhão Atlântico

Actuação desinspirada e em modo playback levou pouco público à sala lisboeta. Popularidade da cantora já viu melhores dias

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Era o regresso de Britney Spears a Portugal sete anos após a estreia no Rock in Rio Lisboa. E era o primeiro concerto da cantora em nome próprio no nosso país. Ainda assim, o Pavilhão Atlântico esteve despido de público naquela que foi a última paragem da digressão europeia de promoção ao novo álbum, «Femme Fatale».

Com o palco a meio do recinto e a zona da «plateia em pé» com bastantes espaços abertos, podemos dizer que a popularidade desta «princesa da pop» já viu melhores dias, pelo menos em Portugal.

Não que o entusiasmo dos fãs presentes - crianças, jovens e adultos - tenha sido menor. Assim que a contagem decrescente nos ecrãs laterais do palco se aproximou do final, marcando o início do espectáculo, os gritos de excitação (e até de histeria) do público fizeram valer a expressão «poucos mas bons».

A ausência de uma verdadeira banda (eram dois músicos, munidos de teclados e afins), o mais do que provável playback na voz de Britney e nos coros (não havia ninguém em palco sequer para os fazer) e a pouca mobilidade da cantora nas coreografias - nada disto pareceu incomodar os fãs, que rebentavam de entusiasmo cada vez que Britney se aproximava, despia uma peça de roupa ou interagia de maneira mais atrevida com os dançarinos.

Num espectáculo que valeu principalmente pelo cuidado visual com que foi criado, com uma história contada através de vários vídeos ao longo do concerto e um palco dinâmico que ganhou vida em momentos chave, o alinhamento musical teve «Femme Fatale» como espinha dorsal e recuperou alguns dos singles de maior sucesso de uma cantora que conta já com 12 anos de carreira desde que lançou o seu primeiro disco.

A «Hold It Against Me», «Till The World Ends» e «Big Fat Bass» (com a presença virtual de Will.i.am em vídeo) juntaram-se «Toxic», «Womanizer», «If U Seek Amy», «I'm a Slave 4 U» e «...Baby One More Time», entre várias mudanças de roupa, coreografias salvas pelos dançarinos e «viagens» a cenários onde Britney se transformou em gueisha japonesa, rainha dos motoqueiros e princesa egípcia.

Ironicamente, um dos temas mais celebrados na plateia acabou por ser «S&M», de Rihanna, e que Britney Spears decidiu incluir nesta sua digressão depois de ter participado numa remix da atrevida canção.

Numa noite pouco inspirada da cantora de 29 anos, a festa ficará pelo menos na memória dos fãs que subiram ao palco para cantarem «I Wanna Go» e de um outro fã italiano que, apanhado entre as pernas de Britney durante uma lap dance, fechou os olhos de entusiasmo e cantou cada palavra da letra de «Lace and Leather».

Alinhamento do concerto:

1. Hold It Against Me

2. Up n' Down

3. 3

4. Piece Of Me

5. Big Fat Bass

6. How I Roll

7. Lace and Leather

8. If U Seek Amy

9. Gimme More

10. (Drop Dead) Beautiful

11. Don't Let Me Be The Last To Know

12. Boys

13. ...Baby One More Time

14. S&M (cover de Rihanna)

15. Trouble for Me

16. I'm A Slave 4 U

17. I Wanna Go

18. Womanizer

Encore

19. Toxic

20. Till the World Ends
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