Notícia atualizada às 18:41
Em abril último, o músico foi homenageado no âmbito do ciclo «Histórias de jazz em Portugal», criado pelo crítico e programador António Curvelo e pelo músico Manuel Jorge Veloso.
Nesse encontro, Jorge Reis revelou que o primeiro disco que comprou foi «Help!», dos The Beatles, músicos que «foram muito importantes» na sua vida. «Gosto das melodias, das vozes, da harmonia do 'riff' das guitarras. E houve uma altura em que o John Lennon me interessou mais, também pelo que dizia», afirmou na ocasião.
Na área do jazz, a sua «primeira paixão» foi o saxofonista norte-americano Charlie Parker (1920-1955), protagonista do «bebop». «Quando me comecei a interessar pelo jazz, houve logo ali uma atração pelos instrumentos de sopro. Mas não ia comprar um saxofone, que era um instrumento muito grande. Por isso, experimentei a flauta de bisel, que foi o meu primeiro instrumento no jazz. E tentava imitar com a flauta aquilo que o Charlie Parker fazia», recordou Jorge Reis.
Tendo aprendido violino, na Academia de Santa Cecília, ingressou em 1976 na Orquestra Sinfónica da RDP, na qual permaneceu até à sua extinção, em 1993. Em 1979, terminou o Curso de Violino do Conservatório Nacional de Lisboa e, a partir de 1983, desenvolveu um interesse e uma prática cada vez mais intensa no jazz.
O músico participou em vários workshops» de jazz em Portugal e no estrangeiro, sob a orientação dos saxofonistas Pepper Adams e Sonny Fortune, assim como, entre outros, do contrabaixista Rufus Reid, e do pianista Roland Hanna, fundador do New York Jazz Quartet.
Com Mário Laginha, Mário Barreiros e Tomás Pimentel, Jorge Reis fez parte do Sexteto de Jazz de Lisboa que, em 1988, gravou o disco «Ao encontro». Nessa década fez parte do set da cantora Maria João, como solista convidado.
O nome de Jorge Reis passou a ser assíduo na discografia do jazz feito em Portugal, assim como em parcerias com Sérgio Godinho, Jorge Palma, Tito Paris, os Delfins, Trovante e Brigada Victor Jara, entre outras.
O velório do saxofonista Jorge Reis teve início às 17:30, na igreja de S. Jorge de Arroios, em Lisboa, disse à Lusa fonte do Hot Clube Portugal.
Na sexta-feira é celebrada missa de corpo presente, pelas 13:45, seguindo-se o funeral e a cerimónia de cremação, segundo a mesma fonte.
Na sexta-feira é celebrada missa de corpo presente, pelas 13:45, seguindo-se o funeral e a cerimónia de cremação, segundo a mesma fonte.