Portugueses lançam novos discos esta semana

Celina da Piedade desvenda a diversidade contida num acordeão, Francisca Cortesão evoca uma longa viagem americana e DJ Ride mostra-se como músico experimental - são três dos sete artistas portugueses que na segunda-feira editam álbuns novos, escreve a agência Lusa.

Celina da Piedade, a acordeonista que deu corpo e voz a algumas das canções de Rodrigo Leão, que gravou com Mayra Andrade e António Chainho, avançou agora com o primeiro álbum, duplo, com assinatura própria.

Para o disco «Em Casa», Celina da Piedade convidou outros músicos a entrarem no universo do acordeão, muito para lá da máscara popular associada a este instrumento.

Entre eles estão Samuel Úria, Kepa Junkera, Carlos Guerreiro e José Manuel David (ambos dos Gaiteiros de Lisboa), que a ajudaram a interpretar originais, em valsas e mazurcas, a partir de recolhas dos Açores ou do Alentejo e ainda um fado marcha.

O fado também está presente em «Duetos de Lisboa», o disco que Paulo de Carvalho edita quando completa 50 anos de carreira. O disco inclui apenas canções interpretadas a dois, com artistas de diferentes ponto do mapa, como Ritinha Lobo, Camané, Ivan Lins e Davide Zaccaria.

Olympia dá uma cidade que a cantora e compositora Francisca Cortesão conheceu numa viagem pela costa oeste dos Estados Unidos. Foi também o nome escolhido para o terceiro disco de Minta & The Brook Trout, que lidera, e que será apresentado na quinta-feira em Lisboa.

Francisca Cortesão explicou à agência Lusa que o novo disco ficou marcado, de forma involuntária, por essa viagem, pelas paisagens e ambientes menos previsíveis da América, acompanhada com uma banda sonora que incluiu Elliot Smith e Laura Veirs.

Em «Olympia», Francisca Cortesão defende que se nota uma maior coesão e solidez entre todos os músicos - Mariana Ricardo, Manuel Dordio e Nuno Pessoa - na interpretação de temas de pendor pop folk.



Na próxima semana sairá ainda «Canções», do músico e produtor Armando Teixeira, autor de várias máscaras musicais e que regressa enquanto Balla. No disco participam Quim Albergaria (dos Paus) ou Rita Reis, nova vocalista dos Mesa.

Campeão mundial de scratch (técnica de manipulação de um equipamento com prato de gira discos), o português DJ Ride edita o terceiro álbum, «Life In Loops», quando é reconhecido, aos 27 anos, como um dos mais respeitados produtores do universo hip-hop português.

À Lusa disse que se considera um músico experimental, que compõe e explora caminhos da música, do rock ao drum 'n' bass, e complementa o lado mais mediático de uma atuação ao vivo com o trabalho de estúdio, audível em «Life In Loops».

Em dezembro, DJ Ride estará na Polónia para defender o título mundial de campeão de scratch, em parceria com o DJ Stereossauro.



Na segunda-feira é dia também de edição para dois outros grupos distantes na sonoridade que fazem. Os Miss Lava, parentes lisboetas do heavy rock, editam «Red Supergiant», disco que tem produção de Matt Hyde, que trabalhou com Slayer ou Porno for Pyros, e que será apresentado no dia 27 no Ritz Club, em Lisboa.



Na véspera desse concerto, o Ritz Club receberá os Nu Soul Family, liderados por Virgul (ex-Da Weasel), que apresentarão música de inspiração soul para as pistas de dança e registada no disco «Unconditional Love».